Com os atuais goleiros da equipe sofrendo críticas constantes das arquibancadas, muitos torcedores sonham em voltar a vê-lo com a camisa cruzmaltina. Hélton, 35 anos, é um dos ídolos do Vasco da Gama e, recentemente, teve seu nome cogitado para voltar ao clube que o revelou para o futebol.
Há 11 anos em Portugal, e há oito com a camisa do Porto, o atleta afirmou ter recebido algumas propostas para sair do clube ao longo destes anos, mas ressaltou que ainda não pensa em voltar ao Brasil.
Y EI: Há aproximadamente quatro meses o presidente, Roberto Dinamite afirmou que seu nome era um dos desejos do Vasco para o restante da temporada. O que houve de concreto por parte do clube carioca?
Hélton: Houve sim um interesse. Eu tinha uma pessoa da minha confiança que entrou, realmente, em contato com ele, foram feitas algumas propostas e contrapropostas, mas eu sempre procurei deixar bem claro que eu ainda tinha contrato até o final da época de 2014 (junho de 2014), e mediante a isso eu não me pronunciaria sobre querer, ou não querer, uma vez que já estou adaptado aqui.
Os goleiros do Vasco (Alessandro, Michel Alves e Diogo Silva) vêm sofrendo com críticas da torcida desde o início do ano. Você tem interesse em voltar ao cruzmaltino, para suprir essa carência aos olhos da torcida?
É de se ficar um pouco triste pela situação, alguns tem a ideia de que é a minha oportunidade (de voltar), eu não posso pensar pelos outros, não posso ter sentimentos em relação a isso. Eu já estou em uma idade um pouco avançada para ter esse pensamento.
Fico triste, pois é uma posição complicada. É uma posição aonde não há um apoio. Fico triste, por ser o Vasco o clube que me deu oportunidade de mostrar o meu trabalho. Fico triste, pois tenho lá um grande amigo, que é o Carlos Germano, treinador de goleiros, o qual eu vim suceder.
É realmente uma grande oportunidade (voltar ao Vasco), mas eu tenho esse contrato até o final de junho de 2014 e penso em termina-lo.
Mas há o interesse em retornar ao clube pós-contrato?
Hoje eu não posso dizer se tenho interesse em voltar ou se não tenho. O que eu posso dizer é, tenho minha vida estabilizada aqui, tenho meus filhos que estão estudando, acho que vale a pena investir no futuro deles. Estou jogando, então, até o momento é pensar dia a dia.
Você está no Porto há quase nove anos. Em algum momento ao longo desse tempo você pensou ou recebeu uma proposta interessante para sair da equipe?
Graças a Deus, eu tive meu trabalho reconhecido por outros clubes. Não foram muitos, de meu conhecimento foram apenas três. Um da Espanha e dois do Brasil. Essas propostas me fizeram pensar, por motivos particulares de querer algo mais. Eu sou muito grato pelo que tenho, mas não me acomodo com o que tenho, eu sempre gosto de desafios, mesmo já ficando velhinho.
Essas propostas me fizeram pensar muito, mas o que pesou muito para que eu renovasse, foi a situação dos meus filhos.
Quais seriam esses três times?
Isso é segredo de Estado. (risos)
Ainda nas categorias de base, você fez testes no Flamengo e no Fluminense. E os goleiros rubro-negros também vêm sendo criticados por parte da torcida. Em caso de uma proposta, você aceitaria atuar pelo clube da Gávea?
Quando se trata de profissionalismo, você procura ver com bons olhos a tudo, se houvesse o interesse é óbvio que nós iriamos analisar este interesse, pensando no profissionalismo. Mas eu sou muito grato ao Vasco por tudo. Mediante ao Vasco ter esboçado essa vontade de querer o Hélton de volta, porque não dar está prioridade né?!
Você já possui uma certa idade (35 anos), pensando na carreira pós-futebol, o que você gostaria de fazer após parar?
Eu confesso que eu não parei para pensar a respeito da ideia, mas é curioso, pois ultimamente tenho feito coisas que vem me fazendo bem. Ano passado eu fiz um projeto junto de duas pessoas, que foram o Carlos Paranhos e o Rui Russo, que me deram força em um projeto que eu apresentei de formação de goleiros.
Foi um campo de férias voltado ao goleiro, específico da posição, nós tivemos lá 30 crianças, durante uma semana, foi maravilhoso. Tive o apoio de alguns patrocinadores que já me apoiam na empresa de produções e eventos, que é onde eu trabalho com estúdio, gravação de músicas, clipes, festas e até funeral a gente está fazendo. (risos)
E gostei muito deste campo de férias, de passar um pouco da minha experiência, um pouco do que eu aprendi para essas crianças, estes futuros goleiros. Tive também umas duas oportunidades de trabalhar com meus próprios colegas, aqui mesmo no Porto aonde eu não ia jogar no final de semana e houve um imprevisto do nosso treinador, dele não poder ir ao treino e eles me pediram para ajudar a aquecer e tudo, e eu achei isso muito interessante. Mas eu não tenho esse interesse em parar e me tornar treinador de goleiro, por exemplo.
Fonte: Yahoo Esporte Interativo