Uma cena chamou bastante atenção no lance em que Juninho sofreu a lesão, no último domingo. Um gandula, que estava próximo à linha de fundo, no lado esquerdo, colocou as mãos na cabeça, desesperado, assim que o ídolo caiu no gramado. Foi a mesma reação de grande parte da torcida presente ao Maracanã, mas ampliada pela proximidade.
O gandula em questão, de nome Gilberto Portela, era quem estava mais próximo de Juninho no momento em que ele caiu no chão, já com a mão na coxa, reclamando de dor. Em entrevista ao LANCE!Net, o rapaz conta que, naquele momento, queria desesperadamente fazer algo para ajudar. Pensou até em fazer um gesto para chamar os médicos.
– Foi de imediato. Fiquei desesperado e muito preocupado. Ver o Juninho, um grande ídolo, caído ali no chão, com muita dor. Queria fazer algo, mas não podia. Deu vontade até de chamar o médico logo, pois vi que era uma coisa grave – lembrou ele, que, mesmo em meio à preocupação, não deixou de fazer o trabalho e colocou a bola na marca de escanteio.
Gilberto só ficou mais tranquilo após outros atletas do time chegarem próximo a Juninho, pedindo a presença de médicos e fazendo gesto de substituição. Mas o desespero aumentou logo depois, quando, relata ele, a maca passou à frente dele, com o Reizinho chorando.
– A maca passou bem pertinho de mim e o Juninho estava chorando. Vi o rosto dele. Fiquei muito preocupado mesmo, pensando que, de repente, ele poderia parar de jogar, não sei – completou o gandula.
Aos 37 anos, Gilberto é casado, tem uma filha de cinco anos e mora em Nilópolis. Atualmente trabalha como auxiliar de escritório e há quatro anos faz esse bico como gandula do Vasco. Segundo ele, a cena de domingo foi a pior que presenciou à beira do campo:
– Já vi muita coisa nestes quatro anos. Mas isto foi horrível.
Exame será realizado nesta terça-feira
Está agendado para a manhã desta terça-feira o exame de ressonância magnética de Juninho. Os médicos aguardam pelo resultado para saber de fato a gravidade do problema, mas já há um diangóstico de que o jogador vai precisar de pelo menos três meses para se recuperar do problema.
A lesão ocorreu no adutor da coxa direita, mas apenas o exame desta terça-feira poderá apontar se houve rompimento parcial ou total.