Reginaldo passou 13 dos seus 30 anos jogando na Itália. Assim, além do sotaque, carrega consigo a disciplina tática europeia. Mas não apenas isso. Ao chegar ao Vasco, manteve a mentalidade dos atletas do Velho Continente, que pouco se queixam da falta de oportunidades numa equipe e preferem treinar e mostrar serviço até que a chance apareça. No Vasco desde junho, o atacante passou a ser utilizado apenas na reta final da temporada, num momento decisivo para o clube. Ele foi escolhido por Adilson Batista para ser titular contra o Santos, neste domingo, no Maracanã.
Dessa forma, Reginaldo garante que jamais sentiu-se desmotivado, mesmo que no início de sua trajetória no Vasco tenha ficado muitas vezes no que é chamado vulgarmente de “baba”, o grupo de jogadores que sequer atua entre os reservas nos coletivos. Foi assim durante a passagem de Paulo Autuori e por quase todo o período no qual Dorival Júnior esteve à frente da equipe. Dessa forma, em cerca de seis meses de clube, fará neste domingo apenas sua oitava partida, sendo que a terceira como titular.
- A partir do momento que assume compromisso com o clube, o jogador tem que estar disponível para treinar sozinho ou com todo o grupo. Nunca desanimei, pois não é do meu caráter. Isso deu mais força para correr atrás. Desde que desci do avião para jogar pelo Vasco, estou à disposição para trabalhar. Demorou, mas continuei trabalhando até receber a oportunidade - destacou.
Reginaldo lamentou não ter recebido do Siena, da Itália, a liberação para se juntar ao Vasco em janeiro, como era inicialmente a ideia de seu empresário e da diretoria. Sem participar da pré-temporada, precisou de mais tempo para se readaptar ao futebol brasileiro. Hoje o atacante diz estar ambientado e certo de que poderá dar sua contribuição para a equipe na luta contra o rebaixamento.
- Voltei a ter uma oportunidade de jogar, mas o que conta é que todos os jogos são importantes. Quem vai a campo sabe disso e tem a consciência de que precisa dar o máximo. Tenho mais uma chance de contribuir, e vou procurar fazer isso do primeiro ao último minuto – disse.
Titular nos dois últimos jogos de Dorival Júnior pelo Vasco – vitória por 3 a 2 sobre o Goiás, pela Copa do Brasil, e derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta, pelo Brasileiro –, Reginaldo perdeu a vaga com a chegada de Adilson Batista. Mas sua atuação no segundo tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Coritiba, no último sábado, fizeram o atacante reconquistar seu espaço, arrancando elogios do novo treinador cruz-maltino.
- O Reginaldo terá a função de marcar o lateral do Santos. Mas também é um jogador ofensivo, que chuta, sabe tabelar e entra na área. Entrou bem contra o Coritiba - afirmou o técnico.
Fonte: GloboEsporte.com
