Em julgamento na tarde desta quinta-feira, o meia Juninho Pernambucano foi punido no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva pelos incidentes do clássico entre Vasco e Flamengo, em outubro, nos artigos 254 e 258. O veterano jogador foi julgado pela falta em Paulinho, na qual recebeu cartão amarelo, e pelo gesto considerado obsceno pela procuradoria do tribunal, o que resultou em advertência. Com a pena de um jogo (pela falta), mas que já foi cumprido, Juninho pode atuar domingo contra o Santos e fica livre para o restante do Campeonato Brasileiro.
O advogado do Vasco, Tiago Amaro, contestou a denúncia e lembrou que não era o caso excepcional de passar pelo STJD, após punição com o cartão amarelo do árbitro. O vídeo da falta de Juninho em Paulinho foi repetida três vezes. Amaro contou ter visto o lance “mil vezes” e concluiu que a jogada foi de “mínima gravidade”.
- Estamos julgando cartão amarelo que não teve atendimento médico, não teve nada além disso. Estamos aqui por causa do replay, que aparece em câmera lenta - disse o advogado vascaíno, que também criticou a exibição do áudio do lance, com o ex-jogador Roger criticando Juninho e dizendo que o “amarelo ficou barato”.
Sobre o gesto da torcida, o advogado vascaíno lembrou que o sinal que Juninho fez era um símbolo dos torcedores, não uma ofensa. Com fotos de outros atletas, apresentadas no recurso, o defensor de Juninho lembrou que o gesto não poderia ser tirado do contexto, de que é uma reverência à torcida.
- Se fosse no trânsito, seria outra coisa, mas é num estádio - disse Amaro.
O procurador-geral Paulo Schmidtt definiu o gesto como “vergonhoso” e lembrou que ele não foi comemorar com a torcida do Vasco, mas estava de costas
- Em homenagem à passagem do atleta, ao histórico do atleta, que a procuradoria não recorreu - disse o procurador-geral, reforçando que Juninho foi diretamente na perna de Paulinho, “com câmera lenta ou sem câmera lenta”.
Fonte: GloboEsporte.com