Confira a íntegra da entrevista coletiva de Adílson Batista após Vasco 2 x 1 Coritiba

Domingo, 03/11/2013 - 03:43
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Mais calmo, após os primeiros 90 minutos como técnico do Vasco, Adilson Batista mostrou todo alívio com a vitória na estreia. Ao fim da coletiva de imprensa, ele respirou fundo e deixou a sala leve, após a intensa participação no resultado positivo, que encerrou sequência de quatro jogos sem vitória e fez o Vasco ganhar uma posição na tabela.

O triunfo por 2 a 1 sobre o Coritiba, apenas o nono resultado positivo vascaíno no Brasileiro, deixou o clube com 36 pontos, em 17º lugar, empatado com o Fluminense na pontuação e a um ponto do Bahia, os dois primeiros fora da zona de rebaixamento. Na entrevista após a partida, o treinador fez questão de exaltar o esforço de seus jogadores em campo.

- Quero parabenizar atletas e torcedores pelo empenho e a dedicação. Chegar num clube numa terça-feira, trabalhar quarta, quinta e sexta, enfrentar um adversário que está crescendo, tivemos inúmeras dificuldades, suspensões, atletas com lesão. Fizemos o gol, depois o segundo, tivemos situações claras para fazer o terceiro. Sofremos um gol e titubeamos um pouco, mas só temos que agradecer a dedicação e o empenho deles.

Adilson falou algumas vezes em entrega e aceitação do seu trabalho, mesmo com tão pouco tempo de casa. Agradeceu a todos os jogadores, mas também citou Marlone, Edmilson e Pedro Ken.

Marlone e Edmilson

- Sempre enalteço a origem (dos gols). Conheço Marlone, fez grande partida, Edmilson já conhecia do futebol japonês, sempre foi goleador. Pedro Ken fez excelente partida também, todos pela entrega, aceitação, abraçaram o trabalho. O primeiro passo foi dado, mas temos ainda seis jogos.

Vitória

- Vencer convencendo, vencer jogando bem. Lá na frente tem reflexo, vencer jogando mal a gente sabe que pode ter dificuldade. Importante porque está afunilando. Temos que pensar jogo a jogo, pedir o apoio do torcedor, o que foi feito hoje aqui tem que agradecer torcedor que compareceu. É jogo a jogo, agora tem semana cheia. Sem loucura, porque perdemos atletas, precisamos fazer revisão, pensando em montar o time com o que temos.

Saída de Juninho

- Ele é importante, mas futebol é coletivo. É fundamental, experiente, decisivo, mas também demonstrou que queria ajudar, fico contente por esse lado. Mas é infelicidade, acontece esse tipo de lesão. Eu estava bem confiante com esse jogo.

Movimentação à beira do campo

- O banco (de reservas) é como se fosse o de São Januário, muito distante para a gente que é participativo, gosto de jogar, eles escutam muito a nossa voz, já acostumam também. Temos que participar, é jeito que eu trabalho, acho que é importante, mas a gente se desgasta.

Jogada ensaiada

- O time ficou um pouco mais alto, temos a bola boa com o Juninho, mas foi Marlone que bateu (a falta que resultou no primeiro gol). Edmilson foi feliz no lance. Treinamos não só aqui, lá em São Januário também. Foi importante, mérito deles.

Três zagueiros

- A gente alertou para não entrar na área, proporcionamos essa situação do Luccas (Claro, autor do gol do Coritiba), tivemos dificuldades em encurtar, não tinha necessidade da falta também. Mas não vou tirar mérito do adversário. Poderíamos ter feito 3 a 0 com Pedro Ken, vamos alertando e cobrando, mesmo vencendo o jogo estamos sempre de olho para corrigir.

Estreia com vitória, pressionado

- Satisfação estrear com vitória, o momento é mais importante, sei da responsabilidade, da situação, era fundamental conquistar esses três pontos. Vamos jogo a jogo, pensar no Santos, vamos trabalhar para sair.

'Cola'

- Anotações são coisas para não escapar da memória, como vocês, jornalistas. Jorge (Luiz, auxiliar) tem me ajudado, Ricardo (Gomes), (Carlos) Germano, staff, todos querendo ajudar em prol da instituição.

Guiñazu

- Não estou cobrando os demais, mas mostra profissionalismo, companheirismo. Está convidado para jantar conosco, juntamente com seus familiares. Conheço ele, o enfrentei várias vezes, sei do profissionalismo dele. Só achei o penteado dele horroroso, mas gosto não se discute.

Vitória do grupo?

- Futebol sempre foi coletivo, claro que quando tem talento, jogadas individuais, tem quem pensar quem carrega, é coletivo o futebol. Eles têm muito mérito nisso.

Estreia mais tensa?

- Já tive outras situações que acabei chutando placa, não sei se vocês lembram, é estressante, desgastante, a gente vivencia, respira, mas eu gosto, estava sentindo falta disso. Sei o que representa estar no Vasco, a tradição do clube, torcida que tem, a responsabilidade é grande, mas estou preparado.

Fla-Flu, melhor Fla vencer?

Vamos nos concentrar no nosso trabalho, nosso treinamento, pra vencer o Santos, são jogos disputados.

Alessandro

- Vou treinar, vou ver. Jogou bem. Disse na apresentação, que não era momento de experiência, acaba gerando certa insegurança em todos, que é ruim para o coletivo. Dificilmente trabalho com três zagueiros, às vezes são circunstâncias, físico, adversário, momento adverso. Renato Silva jogou no São Paulo de lateral, não precisa passar do meio, lateral à moda da Europa, que não passa do meio de campo. Ele (Chamusca, técnico do Coritiba) trocou Geraldo pelo Vitor Junior, mudou um pouco, pedi ao Renato para encurtar. São circunstâncias do jogo, não é estar chamando o adversário.

Fonte: GloboEsporte.com