Depois de vencer as questões financeiras, o Vasco tem o caminho livre para assinar o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal. Mas por conta dos últimos ajustes do acordo, não será possível formalizar a parceria nesta sexta-feira, como era esperado. Alguns dirigentes cruz-maltinos seguem em Brasília tratando dos últimos detalhes e, assim, a expectativa é de que o anúncio seja feito no início da próxima semana.
Representantes do Vasco e da Caixa tiveram uma nova rodada de reuniões nesta sexta-feira para ajustar o contrato, que terá o valor de R$ 15 milhões mantido. Algumas questões estão sendo analisadas, como a duração de acordo e a possibilidade de pagamento retroativo pelo fato de o clube exibir a logomarca do banco desde julho.
Na última quinta, o departamento jurídico do Vasco protocolou requerimento para pagar em 180 vezes a dívida de R$ 6,5 milhões junto ao Banco Central por transferência irregular na venda de Bebeto ao La Coruña em 1992. Em Brasília, a diretoria vascaína pagou a primeira parcela de R$ 30 mil e deixou tudo acertado para assinar o contrato com a Caixa Econômica Federal.
O último empecilho na assinatura com a CEF era o parcelamento dessa dívida ativa com a União. O caso é do início dos anos 2000, quando o Vasco e outros nove clubes brasileiros foram punidos e condenados por transações consideradas irregulares na ordem cambial do país. A pendência valia como Dívida Ativa da União, por isso se transformava em novo impedimento para o Vasco assina com a Caixa, mesmo após receber as certidões positivas com efeito de negativas.
Inscrito no Cadastro Informativo de Crédito, o Cadin, do Banco Central, o clube se beneficiou de uma lei assinada no 9 de outubro, há duas semanas. A lei 12.865, no artigo 17, prevê a reabertura de parcelamento em condições especiais de dívidas com a União. Com isso, os valores que chegavam próximo a R$ 10 milhões, incluindo juros e multas, passou para cerca de R$ 6,5 milhões.
Para dar entrada no parcelamento de 180 vezes, o Vasco precisava pagar a primeira parcela, de pouco mais de R$ 30 mil, o que foi feito nesta quinta-feira. Após a primeira quantia depositada, o clube foi retirado da inscrição do Cadin e ficou livre, finalmente, para assinar com a Caixa Econômica Federal.
Entenda o caso
Em 1992, o Vasco vendeu Bebeto por US$ 2,5 milhões para o La Coruña, porém, somente US$ 1,35 milhão entrou pelo Banco Central brasileiro. No início dos anos 2000, o Vasco foi condenado a pagar cerca de R$ 3 milhões de multa pelo caso, que tramitava no judiciário desde aquela época. Para assinar com a Eletrobrás, em 2009, o clube passou pelo mesmo aperto, mas ofereceu o estádio de São Januário como garantia de execução fiscal. Desta vez, o Vasco parcelou em 180 vezes a dívida, que já estava perto de R$ 10 milhões, mas caiu para R$ 6,5 milhões, segundo ajustes de nova lei de reparcelamento.
Fonte: GloboEsporte.com