A Divisão de Remo do Vasco adquiriu um novo barco. Trata-se de um single skiff da marca argentina Cucchietti (foto), que, embora não seja considerada uma das melhores do mundo, fabrica cascos de qualidade e está num escalão intermediário no cenário internacional do esporte. Através de empréstimos, barcos da marca foram utilizados pelos argentinos Ariel Suárez e Cristian Rosso durante as provas (single e double skiff) do Campeonato Brasileiro Sênior, que foi disputado de 03 a 06 deste mês no Estádio da Lagoa. Agora, o Vasco adquire um para compor de maneira permanente a sua flotilha.
Entretanto, esta compra ainda é bem ínfima diante do objetivo de todos da Divisão: a renovação da flotilha, que é vista como urgente. A última grande troca foi iniciada no ano de 1997 e terminada no ano seguinte, e serviu como marco estrutural para um período de fartos recursos financeiros para o remo vascaíno e de muitos títulos. Muitas dessas embarcações estão até hoje na garagem vascaína, mas, embora de uma das melhores marcas do ramo do mundo – a alemã Empacher -, não apresentam o mesmo desempenho de outrora e de clubes que possuem barcos mais novos. Além do problema de estarem mais encharcados e, portanto, pesados, mais impactante ainda é a sua quantidade.
Os mesmos cascos são utilizados intensamente para treinamentos e competições oficiais – estando, portanto, desgastados e sujeitos a acidentes - e a baixa quantidade faz com que seja limitada a quantidade de atletas que podem treinar simultaneamente. Além disso, já ocorreu de em uma determinada regata o Vasco ter que utilizar o mesmo barco em mais de uma prova, e até de pela carência ter de declinar de uma determinada prova.
Além do barco argentino, o Vasco também adquiriu cinco novos remos. Toda a estrutura material ainda é deficiente, sendo ainda importante ressaltar a carência de remoergômetros, apesar de através de cotização interna os remadores Master terem adquirido alguns ao longo do ano. Por outro lado, está sendo dando um grande passo no sentido da melhora da estrutura dos atletas: nas próximas semanas serão inauguradas a nova sala de musculação, das mais modernas do Brasil com aparelhos da renomada TechnoGym, e a nova rampa de treinamentos, mais segura e com doze simuladores.
Com a obtenção das tão almejadas Certidões Negativas de Débito (CND), a Divisão de Remo espera que projetos para consecução de recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte sejam aprovados em Brasília. Após isto, uma das partes mais complicadas do processo: a captação desse dinheiro junto a empresas que se interessem a descontar seus impostos em troca por destinação de verbas ao clube. Assim que um montante suficiente for conquistado, uma das primeiras coisas a fazer será exatamente a importação de uma flotilha completa e de alta qualidade para uma autossuficiência em termos de barcos que faça com que o clube tenha uma tranqüilidade neste quesito por alguns anos. Estima-se que um valor de um a dois milhões de reais seja suficiente para isto.