Na última sexta-feira, no meio do protesto da torcida do Vasco em São Januário pela campanha ruim do time e a ameaça de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, sobrou até para Bernardo. O meia, que está em fase final de preparação física após cirurgia no joelho esquerdo, foi um dos alvos da fúria dos torcedores e foi chamado de "cachaceiro" e "viciado". As ofensas dizem respeito ao caso da tortura de traficantes no Complexo da Maré, em abril desse ano, em que o jogador esteve envolvido, segundo investigações da polícia. Os questionamentos deixaram o atleta irritado. Em seu Instagram, ele voltou a negar seu envolvimento no episódio e fez um desabafo, com direito a palavrão e aviso de que é a última vez que fala sobre o tema.
- Vou me pronunciar pela última vez a respeito do ocorrido comigo no início do ano em uma comunidade do Rio de Janeiro: não fui espancado nem tampouco ameaçado de morte!!! Parte dessa imprensa podre não cansa de tirar palavras da minha boca, ficam vinculando meu nome sempre a esse ocorrido!!! Esse assunto morreu na minha, acabou!!! Esqueçam esse assunto!!!! Gostaria ainda de informar a quem quer que seja: não me pronuncio mais sobre esse ocorrido, me recusarei a qualquer pessoa!!!! Espero ter sido objetivo e transparente!!!! - escreveu o jogador, recebendo apoio dos torcedores na internet e usando palavrão em hashtags, como "#nãoentendeu?fo***"
De acordo com a polícia, Bernardo teria sido agredido por causa de suposto envolvimento com Dayana Rodrigues, apontada como namorada do traficante Menor P e que foi atingida por sete tiros no complexo de favelas. O meia do Vasco está afastado dos campos desde o início de abril, quando sofreu uma ruptura no ligamento cruzado do joelho esquerdo na partida contra o Quissamã em Sâo Januário. Perto do retorno, ele já faz alguns treinos com bola, mas ainda não tem previsão de voltar ao time cruz-maltino.