O Palmeiras tem tudo para subir neste sábado.
Está tudo certo.
O time vai até jogar com uniforme da Seleção Brasileira.
Truque da Adidas para ganhar algum dinheiro.
Golpe de mestre, já que a camisa da Seleção é Nike.
A tevê vai mostrar o jogo para São Paulo, para o Brasil.
Bastam apenas mais dois pontos matematicamente.
Uma vitória contra o fraco São Caetano e pronto.
Vaga assegurada na Série A de 2014.
Mas qual é o planejamento?
O próximo ano será importantíssimo.
O da abertura da moderna arena.
E, principalmente, ano do centenário.
Paulo Nobre não revela de maneira alguma o que está fazendo.
Até porque tem extremas dificuldades de fazer alguma coisa.
Ele adoraria anunciar no sábado novo patrocinador.
Está como um desesperado tentando.
A situação está pior do que ele supunha.
O dirigente está tentando buscar patrocínios milionários ao clube.
Só que bate de frente com a crise internacional.
Desde o final do Paulista, nenhuma empresa quis investir na camisa do time.
A última a recusar foi a Caixa Econômica Federal.
Ela gasta cerca de R$ 100 milhões com 11 clubes.
Corinthians, Flamengo, Vasco, Vitória, Coritiba...
Atlético Paranaense, Atlético Goianiense, Avaí...
Figueirense, Chapecoense e ASA.
Mas não quis o Palmeiras.
Para isso precisa de jogadores e técnico importantes.
Reconhecidos nacionalmente.
Por isso Gilson Kleina deverá fazer história no futebol brasileiro.
Ser campeão e como prêmio não ter seu contrato renovado.
Os dirigentes acreditam que ele é treinador para clubes médios.
Ou grandes caídos na Série B.
Buscam um comandante de currículo importante.
Tão conhecido que anime uma empresa a bancar seus salários.
Nos corredores do Palestra Itália, nomes surgem a todo instante.
O gestor Bruno insiste em Vanderlei Luxemburgo.
Quer reviver parceria de 20 anos atrás.
Quando ambos viviam excelente fase.
E tinham a torneira aberta do dinheiro vindo da Parmalat.
Agora a situação é outra.
Não há gestora italiana.
Luxemburgo está em franca decadência.
E Bruno é responsável por péssimas negociações.
Como a saída de Barcos, contrato com um ano de erro de digitação...
Correntes emotivas defendem a contratação de Dorival Júnior.
Pelos laços palmeirenses.
O sobrinho de Dudu foi um bom volante na era das vacas magras, antes da Parmalat.
Mas ele também não passa por fase boa em São Januário.
O time está seriamente ameaçado pelo rebaixamento.
A partir daí, pura especulação.
Nas reuniões em pizzarias, as várias alas sugerem nomes diferentes.
Paulo Autuori, Abel Braga, Dunga.
Mas desde que haja uma empresa disposta a pagar os salários do treinador.
O Palmeiras hoje não tem a menor pretensão de gastar R$ 600 mil com um técnico.
Mas talvez se veja obrigado a um exercício de engenharia financeira.
Sem patrocinador, não há dinheiro para grandes contratações.
Na estranha negociação de Barcos, Fábio Koff ficou devendo um jogador.
Marcelo Moreno que foi anunciado como palmeirense não quis ir.
Absurdamente, Brunoro falou no seu nome sem ter conversado com o boliviano.
Amigo particular de Nobre, o Koff já mudou seu discurso várias vezes.
Já disse que deve, outras vezes que não deve.
A verdade é que empresários já estão tentando se aproveitar da situação.
Tentam empurrar para o Palmeiras um jogador que está encostado no Grêmio.
Elano.
O ex-jogador da Seleção fará 33 anos em 2014.
Por não conseguir marcar, perdeu todo espaço com Renato Gaúcho.
Vai sair do Olímpico no próximo ano.
O Grêmio apenas espera a melhor proposta.
É um nome que interessa ao Palmeiras.
Já foi atleta da Seleção Brasileira, é experiente.
Pode sim ser aproveitado.
Pelo menos é a opinião dos dirigentes.
Não há nada fechado.
Apenas o início de conversações.
Zé Roberto também interessaria.
Mas o próprio jogador revelou que já conversou com o São Paulo.
Em Porto Alegre avisou que sua preferência é ficar no Grêmio.
Mas terá as portas fechadas enquanto Renato Gaúcho for o treinador.
O meia fará 40 anos em 2014.
O técnico acredita que não tem mais vigor físico para marcar e atacar como exige.
Também de Porto Alegre, há duas outras possibilidades.
Scocco está sem ambiente algum no Internacional.
O sonho brasileiro que tinha virou pesadelo.
Assim como o veterano lateral esquerdo Kléber.
Ele procura outra equipe para atuar no próximo ano.
São jogadores de bom potencial que serviriam para o Palmeiras.
O problema é dinheiro.
Nobre sabe que tem a obrigação de montar um grande time para 2014.
Será cobrado para isso.
2013, o clube esteve afastado dos noticiários.
A Série B com seus jogos de terça e sábado ficou relegada a segundo plano.
Na Série A, não.
A cobrança será constante.
Dentro da arena construída pela W. Torre.
Empresários garantem que não esperarão até o Palmeiras arrumar dinheiro.
Se surgirem clubes estruturados financeiramente, levam os atletas.
Isso é que está preocupando o estafe de Brunoro.
Há jogadores interessantes disponíveis.
Mas não há verba para contratá-los.
O tal patrocinador não surge.
2014 já começou na prática para o Palmeiras.
E o clube perde tempo.
Por pura falta de dinheiro.
Um treinador já deveria estar montando o time da próxima temporada.
O pior é que Henrique tem propostas.
O Cruzeiro tem obsessão no zagueiro.
Valdivia está ressurgindo para o mercado.
Principalmente pelo que tem feito pela Seleção Chilena.
Vai acabar o empréstimo do atacante Leandro.
Nada ainda foi conversado.
Em dez anos foram duas quedas para a Segunda Divisão.
Tudo o que não pode acontecer no próximo ano é um novo rebaixamento.
Seria humilhação demais.
Por isso a diretoria precisa ser mais competente.
A festa do próximo sábado pode virar velório ao final de 2014.
Dependerá da competência de Paulo Nobre e Brunoro agora.
E não está nada fácil a situação dos dois.
Por isso que o planejamento do Palmeiras é tão secreto...
Fonte: Blog Cosme Rímoli - R7
