Dorival volta a fazer mudanças no meio-campo e dá chance a Montoya

Domingo, 20/10/2013 - 10:32
comentário(s)

Faltando nove jogos para o fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Dorival Júnior busca em mexidas constantes uma forma de encontrar soluções no elenco vascaíno. O treinador, em três meses de trabalho, alternou esquemas e jogadores, com surpresas na escalação que logo depois foram deixadas de lado. Neste domingo, contra o Botafogo, são cinco mudanças, duas delas obrigatórias, mas outras três para tentar um equilíbrio e uma nova fórmula de sair de campo sem lamentar mais uma derrota.

Dorival não se furta a experimentar e mexe sem medo na equipe. O maior exemplo dos experimentos do treinador no time é a rotação de Pedro Ken pelo meio de campo. O meia já foi apoiador mais avançado, dividindo a criação do setor com Juninho, com dois volantes atrás. Depois, chegou a atuar como único meia de criação, em partida que o Vasco não tinha Juninho (contra o Goiás no primeiro turno), mas teve Sandro Silva, Wendel e Fillipe Soutto no meio. Recentemente, Ken recuou para segundo volante, foi um pouco mais para trás e agora, em novo esquema, o técnico o coloca à direita novamente.

- Faço três mexidas tentando uma nova situação para a equipe, buscando uma nova alternativa. Não em razão de quem saia do time, mas na possibilidade de que aquele atleta que entre possa dar uma alavancada nas nossas condições – disse o treinador do Vasco, após o treino desse sábado pela manhã no CFZ.

As alternativas variaram nesse tempo de Dorival no Vasco. No início, ele surpreendeu ao utilizar o atacante Robinho, que foi seu jogador em São Januário na Série B, mas novas lesões fizeram com que o ponteiro perdesse espaço novamente. Sem os dois volantes previstos para serem titulares – Sandro Silva, que agora retorna ao time, e Guiñazu, ambos lesionados gravemente no jogo do primeiro turno contra o Botafogo -, Dorival testou Abuda em algumas partidas, mas não gostou do resultado. Aproveitando suspensões e lesões, o técnico escalou o garoto Baiano, na estreia entre os profissionais, contra o Atlético-PR. O jovem volante não teve mais chances após esse jogo. Até a derrota de virada para o Vitória em São Januário, o técnico ainda se dispunha a colocar Wendel em campo, ora como lateral-esquerdo ora como segundo ou terceiro homem de meio de campo. Depois do 2 a 1 e da crise instalada de vez, o experiente meia canhoto só compõe a reserva.

Outro sobe e desce de expectativa aconteceu com Montoya. O colombiano estreou cercado de expectativas contra o Santos na Vila Belmiro, após imbróglio judicial que ameaçou até sua participação no Brasileiro deste ano. Alguns jogos depois, porém, o jovem meia contratado ao All Boys foi cortado de delegações e ficou de fora de algumas partidas do Vasco. Na vaga de quarto homem de meio de campo, ao lado de Juninho, que era prevista para ter o colombiano como favorito passou, recentemente, por Dakson, Jhon Cley e, por último, Francismar. Mas Montoya entrou bem no segundo tempo na derrota contrao Goiás e voltou a “furar a fila” no meio de campo.

Contra o Botafogo o técnico aposta em esquema em trios para proteger a defesa e alimentar o ataque. Uma formação parecida daquela que tinha Montoya, Eder Luis e André, na estreia do colombiano contra Santos. Ou com outros jogadores, mas mantendo o trio ofensivo, quando os nomes foram por partidas seguidas Marlone, Willie e André. Nesse jogo, o colombiano, Marlone e Willie fazem a frente vascaína. No meio, a proteção volta a ser feita com um volante mais fixo, com o retorno de Sandro Silva.

- Busco com Sandro Silva uma consistência maior no time, principalmente devido à mobilidade do meio e do ataque do Botafogo. Com Montoya, a intenção é ter mais velocidade, com uma agressividade e mobilidade maior na frente com esses três homens (mais Willie e Marlone). Talvez percamos em posse de bola, mas tudo isso vai depender do momento da partida. Estou falando em cima de teoria, mas podemos ganhar em velocidade e buscar nisso uma surpresa – apostou o treinador do Vasco.

Fonte: GloboEsporte.com