Botafogo e Vasco se enfrentam neste domingo, às 18h30m, no Maracanã, como opostos tão grandes quanto o preto e o branco, as cores predominantes em seus uniformes. Enquanto o primeiro caminha rumo a uma vaga na Libertadores do ano que vem, o segundo vai na direção oposta, rumo ao rebaixamento.
A superioridade do Glorioso sobre o rival não é só neste Brasileiro. Nos últimos quatro anos, além das numerosas vitórias em decisões de turno do Estadual, o time tem vantagem no confronto geral, invertendo os números históricos do clássico, de ampla supremacia vascaína. Pelo Botafogo, apenas a geração de Garrincha, craque que completaria 80 anos na última sexta-feira, teve vantagem numa década, os anos 1960.
Carlos Roberto é desse tempo. Não chegou a jogar com o Mané, mas o ex-volante, bicampeão carioca em 1967 e 1968, viveu intensamente a época em que jogar contra o Vasco era certeza de vitória em General Severiano.
- Aquele time era bem montado, tinha boa espinha dorsal, com jogadores como Gérson, e vários formados na base, como eu, Jairzinho, Paulo Cézar Caju. Tínhamos vários jogadores na seleção - disse.
Luizinho, formado no Botafogo e multicampeão pelo Vasco, viveu outros tempos. Com exceção dos anos 1960 e do período atual, o Cruz-Maltino sempre fechou as décadas com mais vitórias do que derrotas contra o Alvinegro. O ex-volante, campeão da Libertadores em 1998, lembra bem como era na época.
- O Vasco vivia um momento melhor. Não apenas o time era mais forte do que o do Botafogo, como o clube também, em termos de estrutura. Isso se refletia nos clássicos entre as equipes - afirmou.