O ministro Luís Inácio Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU), disse, nesta sexta-feira, que, a partir de agora, o governo só renegociará a dívida de clubes e entidades esportivas que passarem a cumprir a nova legislação esportiva sancionada pela presidente Dilma Rousseff nesta semana. As novas regras pretendem tornar mais democráticas e transparentes as gestões de cartolas à frente dessas entidades. Pelas novas regras, os dirigentes só poderão permanecer nos cargos por quatro anos, sendo assegurada apenas uma reeleição. A lei também proíbe a eleição de cônjuges e parentes até o segundo grau e estabelece que os atletas deverão estar representados nas diretorias.
Adams declarou que o governo será intransigente com a questão.
- Como se trata de um acordo para parcelamento de dívidas que as entidades têm com a União, estamos exigindo que os clubes se comprometam a cumprir a nova legislação _ disse ele.
De acordo com o advogado-geral da União, Flamengo e Vasco já renegociaram suas dívidas neste ano e, portanto, não se enquadram nas novas exigências. O parcelamento dos débitos será por cinco anos. No primeiro ano, o devedor paga 10% do total da dívida; no segundo, 17,5%; no terceiro, 22,5% e, no quarto e quinto ano, 25% cada. Essa fórmula vale para todos os times, federações ou confederações que quiserem voltar a estar em dia com as obrigações federais.
Adams afirmou que outros clubes têm procurado a Advocacia Geral para negociar. Na próxima semana, está agendada uma reunião com o Fluminense. O Atlético Mineiro e o Bahia deverão ter seus débitos revistos também.
- Tenho expectativa que os times façam a adesão à renegociação porque é muito bom para eles. Mas, para isso, têm de se comprometer a cumprir a nova lei _ afirmou o advogado-geral.
Fonte: O Globo online