Manoel Pereira, sobre Índio: 'Ele é jogador do Vasco e tem contrato com o Vasco. Já foi tudo resolvido'

Uma notícia do 'GloboEsporte.com' agitou os bastidores das categorias de base do Vasco da Gama no último final de semana. O portal informou que o meio-campista Matheus Índio entrou com uma ação na justiça pedindo a liberação do Gigante da Colina. Os representantes do atleta tomaram a atitude para cobrar oficialmente o pagamento dos salários atrasados e das parcelas de luvas do contrato assinado em maio do ano passado. Ainda segundo a reportagem, o clube de São Januário apresentou comprovantes dos pagamentos e vem negociando com a empresa que cuida da carreira do jogador, a DIS, a forma de pagamento das luvas que estão atrasadas.

Para obter mais informações sobre o caso, o programa Só dá Base entrevistou na última quarta-feira (16/10) Manoel Pereira, diretor não-remunerado das categorias de base. O dirigente admitiu que o cruzmaltino deixou de cumprir por alguns meses o que foi acordado com o atleta no momento da assinatura do contrato profissional, que vai até maio de 2015:

- Ele realmente entrou na justiça para requerer algumas coisas que estavam atrasadas. O atleta tinha direito a receber algumas luvas que foram acertadas no ano passado. Por conta de alguns problemas financeiros, o Vasco só conseguiu pagar os salários e o FGTS. O clube atrasou o pagamento das luvas em algumas parcelas. Isso aconteceu também por conta das mudanças que ocorreram na direção executiva do Vasco. Um prometeu uma coisa e o outro que chegou achou que não era para ter sido daquela forma. O que o pai dele fez foi uma cobrança oficial. O pai dele é uma excelente pessoa, ele é daqueles que acompanha o filho, mas tem algumas coisas que não se pode abrir mão - afirmou ao programa "Só dá Base".

Apesar do caso ter chegado na justiça, Manoel Pereira garante que os representantes não quiseram em nenhum momento tirar Índio de São Januário. O diretor afirmou ainda que a situação já está resolvida e não existe risco do Gigante da Colina perder mais uma de suas maiores promessas:

- Ele é jogador do Vasco e tem contrato com o Vasco. Já foi tudo resolvido. O atleta não se recusou a jogar e nunca falou em sair do Vasco. O Índio está no Vasco desde o futsal. Ele é vascaíno. O pai acompanha ele não por interesse, mas com a intenção de protegê-lo. O Índio fez talvez um dos melhores contratos do Vasco e possui por trás deles um grupo de empresários muito forte. Ele é menor de idade e não pode tomar atitude nenhuma. Quem responde por ele são os empresários e o pai. É bom que se diga que em nenhum momento eles tomaram alguma atitude para tirar o atleta do Vasco - disse ao programa "Só dá Base".

O talento de Matheus Índio foi lembrando por Manoel Pereira. O dirigente acredita que o garoto da geração 96 dará muitas alegrias ao torcedor vascaíno quando estiver no profissional. O diretor chegou a pedir que os adeptos cruzmaltinos tenham um pouco de paciência com a jovem promessa:

- O Índio é um rapaz excelente e que possui um nível técnico acima do normal. Ele está no juniores faz um bom tempo apesar de ainda possuir idade de juvenil. Eu peço para todo o torcedor que tenha paciência com ele. Ele é uma excelente pessoa e um atleta de muito caráter. Peço a torcida que deixe esse garoto trabalhar e jogar. Ele está no Juniores, mas daqui a pouco estará nos profissionais. Ele é um excelente atleta - declarou ao programa "Só dá Base".

Camisa 10 do Vasco da Gama na última edição da Copa São Paulo, Matheus Índio se encontra atualmente nos Emirados Árabes. O garoto da Pavuna está no local disputando a Copa do Mundo Sub-17 com a Seleção Brasileira. A tendência é que ele seja promovido ao time de cima já na próxima temporada.