Francismar: 'Quero trabalhar bastante para ficar aqui no Vasco ano que vem'

Domingo, 13/10/2013 - 09:56
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A responsabilidade de substituir Juninho, hoje, contra o Criciúma, no Estádio Heriberto Hulse (SC), às 16h, com transmissão em tempo real pelo L!Net, para muitos, pode pesar. Porém, para Francismar, o escolhido, é encarada apenas como mais uma batalha a superar pela frente.

Natural de Rodeiro, município de pouco mais de seis mil habitantes em Minas Gerais, o jogador, desde pequeno, aprendeu que, somente com muita luta, obteria vitórias.

Ainda sem ter trilhado o caminho da bola, Francismar se desdobrou para conseguir um futuro melhor. De família humilde, trabalhou em uma plantação de arroz para ajudar no sustento de casa.

Em paralelo ao serviço, disputava campeonatos de várzea, mas sem maiores pretensões. No entanto, quando já estava com uma idade avançada para os padrões da base, entre 18 e 19 anos, recebeu um convite para ingressar no América-MG.

O começo no Coelho, todavia, não foi fácil e o meia-atacante pensou em parar. Precisando de um ganho financeiro maior, passou a trabalhar montando móveis em uma fábrica.

Após alguns meses, porém, a paixão pela bola falou mais alto e ele voltou de vez. No Cruzeiro, foi chamado de promessa, mas não chegou a brilhar. Depois passou pelo futebol japonês e por uma série de clubes de menor expressão do Brasil.

No Vasco, ganhou uma chance num contrato de empréstimo meteórico que se encerrará no fim do ano. Justamente por isso, que mostrar que é capaz de mais uma provação:

– Vou trabalhar dia a dia e sempre dar meu máximo para continuar aqui em 2014.

Bate-Bola

Francismar

Em entrevista após o treino de ontem no CT do Figueirense

Como era sua vida antes de ir para o América-MG?

Trabalhei desde pequeno com meu pai na roça. Plantava arroz, fazia muita coisa para ajudá-lo. Agora estou colhendo os frutos e posso ajudar minha família.

Você foi tarde para um clube. Antes disso jogava bola aonde?

Tinham campeonatos na minha cidade, me chamavam e eu jogava com eles. Foi através disso que eu chamei a atenção do América-MG. Dei sorte, tive essa chance de jogar, fui bem na Copa São Paulo de juniores e me subiram no América.

E por qual motivo pensou em desistir após ingressar no América?

Cheguei a desistir porque minha família estava passando dificuldades e eu tinha que trabalhar para ajudar a família. Depois tive outra oportunidade e larguei tudo.

Após passar por muitos clubes de menor expressão, a chance no Vasco é sua grande oportunidade?

Com certeza. Fiquei muito feliz quando ligaram para o meu empresário para eu vir para cá. É mais uma oportunidade que estou tendo na minha carreira. Quero trabalhar bastante para ficar aqui no Vasco ano que vem.

Fonte: Lancenet