Fillipe Soutto chegou ao Vasco, em janeiro, tendo como principal referência ser uma importante promessa revelada pelo Atlético-MG, mas que necessitava sair do clube para ganhar rodagem e, assim, crescer. Após um primeiro semestre de poucas oportunidades em São Januário, o volante conquistou a afirmação exatamente na fase decisiva da temporada. Mesmo que a briga cruz-maltina seja na parte inferior da tabela, o jogador entende que a sequência neste momento crucial deve ser aproveitada de maneira positiva.
O segundo turno do Campeonato Brasileiro marcou essa afirmação de Fillipe Soutto entre os titulares do Vasco. O volante começou jogando em seis das oito rodadas na segunda metade da competição, levando-se em consideração que não pôde enfrentar o Atlético-MG por ter sido emprestado pelo clube mineiro. Ele está novamente confirmado na partida contra o Criciúma, neste domingo, em Santa Catarina.
- Vim para o Vasco com essa expectativa de ter oportunidades de jogar, mas também sabendo da responsabilidade de vestir essa camisa. Nunca esmoreci no meu trabalho e sempre lutei para conquistar os objetivos pessoais e coletivos. Em alguns momentos não fui escolhido para jogar, mas agora estou vivendo essa pressão no campo sempre buscando fazer meu melhor. Tenho a consciência de que tudo pode mudar e que todas as dificuldades que vivi neste ano podem ficar esquecidas devido ao meu bom desempenho nessa possível salvação do Vasco do rebaixamento. Essa sequência de partidas pode ser muito boa para minha carreira - destacou.
Em seu quarto ano como profissional, Fillipe Soutto, de 22 anos, já viveu os dois extremos da situação. Em 2010 e 2011, fez parte do elenco do Atlético-MG que lutou contra o rebaixamento no Brasileiro. No ano passado, pelo contrário, disputou o título com o Galo. Desta vez, agora como titular, tem a missão de ajudar a manter o Vasco na Série A.
Fillipe Soutto também concorda que grande parte de seu bom desempenho nos últimos jogos do Vasco tem a ver com entrosamento com Pedro Ken no meio-campo. Amigos e parceiros de quarto das concentrações, eles passaram a ser peças importantes no time de Dorival Júnior, que sofreu apenas dois gols nas últimas quatro rodadas do Brasileirão.
- Além de um grande amigo, o Pedro é jogador de muita qualidade. Provou isso jogando constantemente e em situações diferentes. Ele mostra inteligência para se posicionar e tem fundamentos que o privilegiam nas questões tática e técnica. Essa parceria em campo dá certo porque nenhum dos dois tem obrigação exclusiva de defender ou atacar. Mas se não fosse a consciência de todo o time, nós não viveríamos esse bom momento particular. Divido os méritos com todos porque nos encontramos na mesma situação e vamos sair dela juntos - frisou Fillipe Soutto.
Fonte: GloboEsporte.com