A primeira reunião do Bom Senso F. C. com a CBF será na segunda-feira, às 14h, no Rio. A informação é do zagueiro do Corinthians Paulo André, um dos líderes do movimento. O grupo, desta vez com a presença de jogadores de times cariocas, discutirá os cinco pontos básicos já estabelecidos: calendário, férias, período de pré-temporada, “fair play financeiro” (clube que não pagar salário fica fora de competição) e participação dos jogadores nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol. Segundo Paulo André, o Bom Senso tem a adesão de 518 atletas. O objetivo é chegar a mil até a semana que vem.
— O horário (do encontro) não está definido. Os jogadores do Rio não puderam vir a São Paulo, na primeira reunião, por causa da dificuldade de viajar. Desta vez, muita gente de São Paulo não vai poder ir — disse Paulo André. — Precisamos reduzir o número de jogos por mês, limitando a sete a cada 30 dias. Levando em consideração as férias (30 dias) e pré-temporada (cerca de 25 dias), chegaríamos ao máximo de 72 jogos por temporada. Será uma redução de 78, 79 partidas por ano, às vezes 85 (no caso de ir à final da Libertadores), para 72. E que os times menores possam jogar nove meses e não apenas quatro. O que não pode acontecer é sair da CBF sem um acordo nesses moldes.
Ele explica que o grupo não entregará uma proposta fechada, mas modelos.
— Acredito que conseguiremos um acordo. Temos direitos por lei. Se a gente fizer valer nossos direitos, já vai atrapalhar muita coisa.
Paulo André afirma que os jogadores não abrem mão de dois pontos: 30 dias de férias e 25, no mínimo, de pré-temporada.
— É essencial para um ano adequado. Estamos muito bem embasados, temos estudos, números. Os principais times europeus têm, em média, 85 dias entre o último jogo de uma temporada e o primeiro da outra. No Brasil, temos de 30 a 35 dias. Este ano, jogamos 37 semanas, com partidas de quarta e domingo, sendo 16 delas consecutivas, de julho a dezembro. Na Europa, esse número não passa de três — contou o zagueiro.
Segundo Paulo André, em função da Copa, o calendário de 2014 poderá ainda ser sacrificante, mas, diz, os jogadores não vão abrir mão de seus direitos para 2015.
Fonte: Globo Online