Juniores: Presidente da FFERJ acena com torneio em janeiro para movimentar clubes que boicotarem Copa SP

Sexta-feira, 04/10/2013 - 10:52
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Do presidente Mário Gobbi, na quarta-feira, veio o aval que os responsáveis pela base do Corinthians esperavam para aderir ao boicote contra o São Paulo por aliciamento de jogadores. O clube ainda não vai se posicionar oficialmente sobre o tema, mas já avisou aos dez membros confirmados que só joga a Copa São Paulo 2014 sem a presença dos são-paulinos. Um aceno de Rubens Lopes, presidente da Federação do Rio de Janeiro, é que fortaleceu ainda mais a decisão corintiana.

Rompido com Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista e que aspira a CBF em 2014, Lopes avisou aos quatro clubes grandes cariocas que os integrantes do boicote ao São Paulo podem não ficar desamparados. Como já organiza a Copa Rio Sub-17 em março, a FFERJ toparia também montar uma edição Sub-20 equivalente à Copa São Paulo. O Terra apurou que executivos do canal Esporte Interativo já teriam até dado sinal verde para transmissão da possível Copa Rio de Juniores.

No contorno político que se desenha em torno da polêmica, Marco Polo Del Nero destacou seu vice, Reinaldo Carneiro Bastos, para tentar o contra-ataque ao boicote. Como aspira a CBF, Del Nero pisa em ovos para não desagradar aliados, como Fábio Koff (Grêmio), Alexandre Kalil (Atlético-MG) e Alexis Portela (Vitória). Ainda segundo o Terra apurou, Carneiro Bastos costura uma reunião em São Paulo já para a próxima semana para tentar esvaziar o movimento contra os são-paulinos.

A ação de Gobbi, além de representar apoio ao boicote, também pode ser lida como represália à Federação Paulista. Dirigentes corintianos reclamam que Reinaldo Carneiro Bastos agiu nos bastidores para tentar demover presidentes de Federações – e eleitores da CBF – de frequentar a festa do Corinthians no último sábado em São Paulo. O evento foi organizado por Andrés Sanchez, concorrente de Del Nero pela sucessão de José Maria Marin.

Por conta do aliciamento de jogadores de outras equipes, o São Paulo foi alvo de boicote que inviabilizou sua participação na Copa 2 de Julho e a Taça BH Júnior no meio do ano. Mesmo depois do episódio, seguiu com conduta idêntica e contratou, de maneira unilateral, o goleiro Lucão (97), ex-Seleção Sub-17 e Ponte Preta. Os líderes do boicote justificam a ação referente à Copa São Paulo especificamente por esse negócio. Alegam que um acordo entre as direções da Ponte e do São Paulo, com pagamento por Lucão, selaria a discussão.

Um dos pivôs no caso, a Ponte Preta ainda não saiu do muro na discussão. Seu presidente, Márcio Della Volpe, é próximo a Marco Polo Del Nero e José Maria Marin. Integrar o boicote poderia colocar Della Volpe em rota de colisão com dois aliados importantes. Não integrar o boicote à Copa São Paulo significaria trair o movimento que se mobilizou recentemente para apoiar a própria Ponte.

Fonte: Blog Prata da Casa - Terra