Enfim, uma vitória. Enfim, a torcida pode comemorar um resultado positivo e o fato de ver o Vasco fora da zona de rebaixamento, onde esteve nas últimas quatro rodadas. Em Macaé, os cruz-maltinos empurraram o time, que superou o Internacional por 3 a 1 e interrompeu uma sequência de seis jogos no Brasileiro sem o sabor de uma vitória (além de mais um válido pela Copa do Brasil). Edmílson abriu o placar, e André e Willie, que entraram no decorrer do jogo, completaram o placar para o time de Dorival Júnior, enquanto Jorge Henrique anotou para os gaúchos. No final, teve até grito de "olé" na arquibancada.
O resultado levou o Vasco aos 28 pontos, na 16ª posição. São três pontos suficientes para empurrar o São Paulo, com 27, para a zona de degola e tirar o peso das costas dos jogadores. O objetivo agora é manter o ritmo na próxima rodada, quando o rival será o Flamengo, às 16h, no Mané Garrincha.
O Colorado caiu três posições e está em décimo. Soma 34 pontos e está sete atrás do Atlético-PR, último time no G-4 (o Atlético-MG, que é o quinto, com 38, está na Libertadores por ser o atual campeão da competição). O time de Dunga - que corre risco de demissão - chegou à quarta derrota seguida no nacional, igualando sua pior série na era dos pontos corridos, que aconteceu no ano passado. No domingo, às 16h, em Caxias do Sul, o espírito é de recuperação contra o Fluminense.
O Moacyrzão, embora não possa ser chamado de casa, cumpriu bem o papel de acolher o Vasco em seu primeiro jogo na história como mandante na arena de Macaé. Os 8.336 pagantes (10.220 presentes, com renda de R$ 127.280) ajudaram muito, é fato. O que traz certo conforto, pois o clube cumpre punição de perda de mando de campo em razão da briga de vascaínos com corintianos em Brasília e precisará jogar pelo menos mais uma vez no Norte Fluminense, contra o Goiás, pela 29ª rodada, no dia 17.
Um dos destaques vascaínos, Pedro Ken exaltou a justiça no resultado, que segundo ele premia a evolução do time já notada em partidas anteriores.
- Há várias rodadas falávamos que vínhamos jogando melhor que o adversário. A sorte parece que está voltando para o nosso lado. Mas não é porque saímos do Z-4 que vamos achar que está tudo certo. Vamos continuar trabalhando, de cabeça erguida.
Chateado com mais um resultado negativo do Colorado, o zagueiro Juan ligou o sinal de alerta. Segundo ele, o time precisa corrigir erros bobos para voltar a vencer.
- Estamos sendo penalizados porque estamos fazendo as coisas erradas. Precisamos levantar a cabeça e para mudar essa situação na próxima rodada.
O JOGO
A torcida vascaína chegou junto para apoiar o time em Macaé. Cantou desde o início, mas não sem levar um susto logo de cara. Com a instabilidade que ronda o gol do time, se arrepiou quando Diogo Silva saiu jogando errado e a bola sobrou para Caio. Mas, por sorte, a zaga recuperou bem. Da apreensão à alegria, no entanto, foram apenas dois minutos. A jogada começou com Juninho, que lançou Marlone na direita. O garoto cruzou com precisão e Edmílson se antecipou a Índio para abrir o placar. Explosão na arquibancada.
Os torcedores, empolgados com o bom início, começaram a provocar o adversário e chegaram a D'Alessandro. Provavelmente não foi uma boa ideia. O argentino devolveu com duas belas jogadas. Na primeira, encontrou Kleber na esquerda, e o lateral cruzou com perfeição na cabeça do baixinho Jorge Henrique, que empatou sozinho no meio da zaga - embora Cris tenha feito um bom primeiro tempo no combate direto. Logo depois, deixou Caio na cara de Diogo Silva, mas o atacante desperdiçou.
Quando Dakson sentiu uma lesão e precisou sair, Dorival Júnior decidiu mudar um pouco a disposição tática do time e lançou André. E a coragem foi recompensada, em um momento que de queda de ritmo do Inter no jogo, muito por causa de D'Alessandro, que passou a reclamar muito da arbitragem. André começou com tabela meio sem querer com o rival Ygor, mas depois fez como manda o figurino, um "toma lá, dá cá" com Marlone, que o deixou na cara de Muriel. Frieza, categoria e gol: 2 a 1.
Dunga voltou com Forlán no lugar de Otávio, e o uruguaio armou jogada de perigo logo na primeira vez que tocou na bola. Foi ele que começou o lance que terminou nos pés de Jorge Henrique. O chute, venenoso, só não entrou graças à bela defesa de Diogo Silva. A iniciativa inicial, no entanto, deu falsa impressão sobre o time gaúcho. A dificuldade era grande para armar as jogadas, fugir da linha de marcação. Do outro lado, o Vasco controlava bem as ações. Pelas laterais, especialmente pela direita, com Fagner, tentava surpreender.
Chance clara mesmo, no entanto, o time não conseguia criar. Foi então que Dorival lançou Willie no lugar de Edmilson, para movimentar o ataque. Pouco depois, lançou Sandro Silva no lugar de Juninho - que saiu muito aplaudido - para reforçar a marcação e as roubadas de bola. E novamente a estrela do treinador brilhou. Cris lançou da defesa, André subiu para disputar a bola, e ela sobrou para Willie, que invadiu a área e fez 3 a 1 para o Vasco, aos 35 minutos. Jogo decidido, o reencontro com as vitórias depois de seis partidas, e o time fora da zona de rebaixamento. Enfim.
GALERIA
FICHA TÉCNICA
VASCO 3 X 1 INTERNACIONAL
Local: Estádio Cláudio Moacyr, em Macaé (RJ)
Data-Hora: 3/10/2013 – 21h (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Bruno Boschilia (PR) e Marrubson Melo Freitas (DF)
Público e Renda: 10.220 presentes/R$ 127.280,00
Cartões amarelos: André (VAS) e D'Alessandro, Juan (INT)
Cartões vermelhos: Não houve
Gols: Edmílson - 9'/1°T (1-0), Jorge Henrique - 18'/1°T (1-1), André - 42'/1°T (2-1), Willie - 29'/2°T (3-1)
VASCO: Diogo Silva, Fagner, Jomar, Cris e Yotún; Fillipe Soutto, Pedro Ken, Juninho (Sandro Silva - 26'/2°T) e Dakson (André - 27'/1°T); Marlone e Edmilson (Willie - 16'/2°T) – Técnico: Dorival Júnior.
INTERNACIONAL: Muriel, Gabriel, Índio, Juan e Kleber; Ygor (Leandro Damião - 22'/2°T), Willians, Jorge Henrique e D'Alessandro; Otávio (Forlán - intervalo) e Caio (Airton - 27'/2°T) – Técnico: Dunga.
ESTATÍSTICAS
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
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1º | Pedro Ken | 8.7159 | 17º | 5.1847 |
2º | Jomar | 7.9221 | 2º | 6.8210 |
3º | Willie | 7.7177 | 4º | 6.0861 |
4º | Marlone | 7.6106 | 10º | 5.8725 |
5º | Diogo Silva | 7.5924 | 9º | 5.8878 |
6º | Cris | 7.5602 | 22º | 4.7251 |
7º | Juninho | 7.4885 | 1º | 7.0460 |
8º | Edmilson | 7.4319 | 27º | 4.0737 |
9º | André | 7.4115 | 7º | 5.9838 |
10º | Fagner | 6.9850 | 11º | 5.8038 |
11º | Fillipe Soutto | 6.7496 | 16º | 5.4083 |
12º | Yotún | 6.4814 | 21º | 4.8928 |
13º | Sandro Silva | 6.3821 | 20º | 4.9112 |
14º | Dakson | 5.8487 | 13º | 5.5585 |