A permissividade quanto à presença de pessoas alheias ao jogo à beira do gramado no clássico Vasco x Flamengo, no primeiro turno do Brasileirão, em Brasília, já está dando dor de cabeça a rubro-negros, cruz-maltinos, Ferj, Federação Brasiliense, além do árbitro Grazianni Maciel Rocha e o delegado Geufran Almeida de Oliveira.
A procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou os citados por conta da "invasão VIP" no Mané Garrincha, quando pulseirinhas foram distribuídas e a presença de pessoas estranhas foi permitida.
Os clubes foram enquadrados no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), cuja punição prevista vai de multa (entre R$ 100 e R$ 100 mil) à perda de um a dez mandos de campo, em situações mais graves.
A denúncia é fruto de um inquérito aberto após nota do jornal "O Globo", que relatou a presença das pessoas à beira do gramado. A aglomeração desagradou até o então técnico do Fla, Mano Menezes, um dos ouvidos no inquérito.
Segundo depoimento do delegado do jogo, Geufran Oliveira, foi verificada a presença de pessoas usando uma pulseira com a palavra "campo". Ele acrescentou que elas estavam sendo dadas por um suposto funcionário do Flamengo, de nome Roberto.
Os artigos em que a Ferj foi enquadrada preveem punição por deixar de cumprir o regulamento da competição e deixar de colaborar com os órgãos de Justiça Desportiva na apuração de irregularidades. A entidade pode levar multa e o presidente Rubens Lopes corre o risco de ser suspenso temporariamente.
A denúncia deve fazer parte da pauta da sessão da próxima segunda-feira do STJD.
Fonte: Lancenet