O Vasco começa nesta quarta-feira a cumprir os quatro jogos em que foi punido com a perda de mando de campo pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por causa da briga entre torcedores cruz-maltinos e corintianos. O palco escolhido para o duelo contra o Inter, que deve estar a 100km de distância do Rio de Janeiro, foi o Claudio Moacyr de Azevedor, o Moacyrzão, em Macaé, no Norte Fluminense. No dia 10, o Vasco volta ao estádio para enfrentar o Goiás.
Esta será a primeira vez que o Vasco mandará um jogo no local, que tenta ser uma alternativa para os grandes cariocas. Depois de recentes críticas, principalmente em função do gramado, a administração do estádio garante que ele está em plenas condições de receber jogos de grande apelo.
Neste Brasileirão, somente o Fluminense mandou jogos no Moacyrzão. Venceu Atlético-PR, Criciúma e Goiás e perdeu justamente para o Inter. Na época, o gramado foi alvo de algumas queixas. A administração do Moacyrzão, então, saiu em defesa do campo e prometeu padrão Fifa até, no máximo, agosto. Segundo o diretor do estádio, o objetivo foi alcançado.
- Em agosto, fomos procurados porque muita gente estava criticando o gramado. Falamos que íamos deixar o estádio o mais próximo possível do padrão Fifa. Hoje, o Moacyrzão está 100%. As instalações estão mantidas da melhor forma possível, e o gramado está muito bom - garante Adonias Coutinho.
Desde que recebeu a notícia de que iria sediar os dois jogos do Vasco no Brasileiro, o Moacyrzão não recebeu qualquer reparo. A única medida tomada será o reforço na segurança. Ao todo, 90 policiais trabalharão nos jogos: 60 do Grupamento Especial de Policiamento de Estádio (Gepe) e 30 do batalhão local. Uma carga de 12 mil ingressos foi colocada à venda desde o último sábado.
O Vasco já disputou seis jogos no Moacyrzão, todos como visitante. Venceu quatro, empatou um e perdeu outro.
Entenda o caso
O Vasco foi punido junto com o Corinthians em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após torcedores dos dois times brigarem na arquibancada do Estádio Mané Garrincha, no empate por 1 a 1, no dia 11 de agosto. Os envolvidos foram inicialmente punidos com dois jogos sem venda de ingresso e outros dois apenas com torcida visitante presente, mas sem deixar seus estádios. A decisão foi inédita no país e usou precedente internacional, o que causou revolta nos advogados. Dias depois, tiveram concedido efeito suspensivo, e a pena foi reduzida para duas partidas com portões fechados. Na segunda metade de setembro, em julgamento no Pleno do STJD, foi batido o martelo com a pena de quatro partidas sem o mando de campo. As multas de R$ 50 mil, para os cariocas, e R$ 80 mil, para os paulistas, foram mantidas.