Ao deixar o Vasco, no fim do ano passado, Juninho repetiu a pessoas próximas que seu maior medo era que acontecesse com ele o que ocorreu com Edmundo, ídolo que se aposentou sendo rebaixado para a Série B. Idas e vindas depois, o receio volta a bater à porta do Reizinho, com mais força do que nunca. Neste domingo, às 16h, contra o Bahia, na Fonte Nova, o camisa 8 joga pelo time e por si mesmo, para preservar os últimos meses de sua carreira.
Quem convive com o jogador dentro da Colina revela que o apoiador tem mostrado preocupação com o momento do time, afundado na zona de rebaixamento. Ele tem sido o grande intermediário entre o grupo e a diretoria na eterna crise financeira. Tal situação causa desgaste ao craque de 38 anos.
- Ele está muito apreensivo com o momento do time. Ele se sente muito responsabilizado, por ser o líder da equipe - afirmou um membro da comissão técnica.
Juninho tem dado atenção especial aos mais novos. No vestiário e nas preleções antes dos jogos, faz questão de tirar ao máximo o peso dos ombros dos garotos. Parecido com o que aconteceu dezembro passado, quando tirou dinheiro do próprio bolso para emprestar aos jovens da base, asfixiados pela falta de pagamento.
- A atuação dele neste momento é muito positiva. Juninho é um grande líder. Por ele, joga todos os jogos. Mas não aceito falar sobre a hipótese de ele ser rebaixado. Ainda temos muito jogos adiante - disse o diretor de futebol Ricardo Gomes.
O sonho de Juninho é terminar bem a carreira pelo Vasco, clube com que mais se identificou. O mesmo plano que tinham Pedrinho e Edmundo, em 2008. O ex-atacante lembra do fatídico ano e manda recado para que o ídolo da vez não acabe igual.
- Quem tem mais a perder é ele, que é ídolo. Por isso, deve se esforçar até mais para que isso não aconteça. Aconteceu comigo, e luta e determinação não bastam. Comigo não bastou. Eram muitos problemas no clube na época e agora isso se repete, infelizmente - frisou.
Fonte: Extra online