O Vasco vai amanhã à Fonte Nova enfrentar o Bahia, levando na bagagem um adversário ainda mais perigoso: o apimentado ambiente no clube, após cinco derrotas consecutivas. Em defesa do técnico Dorival Júnior, na corda bamba, o diretor de futebol Ricardo Gomes peitou a diretoria, colocando-se ainda mais na linha de tiro. Com isso, ficou tão próximo da porta de saída quanto o treinador.
Cobrado por não interferir nas decisões de Dorival dentro das quatro linhas, Ricardo não está disposto a mudar de postura. E deixou isso tão claro ao Jogo Extra quanto ao diretor-geral Cristiano Koehler:
- Cada um no seu quadrado. Minha cabeça em relação a isso é meio europeia: não vou interferir no trabalho, nem minar o treinador. Também não interferi nas decisões do Gaúcho nem nas do Paulo (Autuori) - disse, citando os ex-treinadores.
Acusado por dirigentes de estar na zona de conforto, Ricardo definitivamente pulou do muro. E optou pelo lado em que está Dorival.
- Ele foi contratado porque é muito bom. Tenho que dar apoio a ele, que comete erros como todos nós. Só que o treinador está na vitrine. Para quem não está, é mais fácil - enfatizou. - Minha função não é atrelada à do treinador. Não tenho que ensinar ou dar conselhos.
A crise no comando faz circularem pelos corredores de São Januário os nomes de Paulo Angioni, ex-gestor do futebol do Bahia, e do técnico Joel Santana. O vice-presidente geral e de comunicação do clube, Antônio Peralta, defende a contratação de Angioni, que há oito anos foi demitido pelo presidente Roberto Dinamite do cargo de superintendente do Vasco. Preferido dos aliados do ex-presidente Eurico Miranda, Joel Santana não está disposto a assumir uma equipe este ano.
Fonte: Coluna Extracampo - Extra Online