Em 2009, Dorival Júnior foi considerado personagem determinante na reestruturação do Vasco que retornou à elite do futebol brasileiro. Mas dois meses depois de sua volta, passou a ser contestado internamente. Os maus resultados da equipe, que vem de cinco derrotas seguidas, causam insatisfação em alguns dirigentes e conselheiros influentes.
Em São Januário são constantes as críticas ao trabalho do treinador por parte de algumas pessoas de influência política. O presidente Roberto Dinamite, por exemplo, já as ouviu diretamente, principalmente de conselheiros
Alguns integrantes da diretoria também costumam se queixar das opções táticas do treinador, que segundo eles resultam em derrotas e, por muitas vezes, direcionam o foco para as dificuldades financeiras. Por exemplo, alguns reclamam da formação da equipe em partidas contra Goiás, Ponte Preta e Vitória, pelo Campeonato Brasileiro. Em todas elas o Vasco estava em vantagem no placar e, segundo o entendimento de alguns diretores, não se fechou o suficiente para garantir o resultado.
Além disso, uma corrente de integrantes da velha guarda de diretores e conselheiros recentemente começou a citar o nome de Joel Santana, que ganhou força nos corredores de São Januário. Os primeiros contatos já teriam sido feitos com o treinador, e alguns tratam a partida contra o Bahia, neste domingo, como decisiva para o futuro do atual técnico. Mesmo assim, o departamento de futebol se diz confiante na capacidade de o próprio Dorival fazer a equipe se recuperar a tempo de escapar do rebaixamento.
Recentemente, o treinador se mostrou tranquilo diante dos questionamentos sobre seu trabalho. Um deles partindo do ex-presidente Eurico Miranda, que como presidente do Conselho de Beneméritos tem influência na vida política do clube.
- Quando você chega, é a solução e em dois meses passa a ser o vilão da história. Nem tanto de um lado, nem de outro. Respeito a posição, agradeço a confiança e espero desenvolver meu trabalho no Vasco. Apenas isso. Mas infelizmente essa filosofia não vai mudar, e é por isso que os clubes continuam patinando. Não existe uma mudança de postura de quem cerca a vida do clube e participa de uma maneira geral - analisou Dorival, em entrevista na semana passada.
Fonte: GloboEsporte.com