O vice-presidente geral e de comunicações do Vasco, Antônio Peralta, não vai assumir a vice-presidência de futebol do clube. Nome escolhido e sugerido ao presidente do clube Roberto Dinamite, que hoje acumula a função em São Januário, o dirigente alegou falta de tempo para um novo cargo no clube. A ideia de conselheiros e de outros vice-presidentes era de que Peralta ficasse no dia a dia para encurtar distância entre o futebol e a direção administrativa do Vasco.
Na partida desse domingo, no estádio Independência, em Minas Gerais, Ricardo Gomes, diretor de futebol, era o único dirigente do Vasco presente ao estádio.
- Conversei com o Roberto no sábado e não vou assumir o futebol porque tenho que supervisionar outras coisas no clube. Já sou vice-presidente geral e de comunicações do Vasco, tenho meu tempo muito tomado pelas coisas da base e outros assuntos - disse o vice-presidente do Vasco. O GLOBOESPORTE.COM tentou contato com o presidente Roberto Dinamite, mas o telefone do mandatário vascaíno estava desligado.
Nesta terça-feira, em nova reunião em São Januário, o presidente vascaíno deve ouvir novos pedidos de conselheiros e outros agentes políticos do clube para intervir com mais energia no futebol. Além de Peralta, o plano B dos conselheiros era o do empresário Ercolino de Luca, que foi convidado para ser vice de futebol no ano passado, mas não pôde assumir por causa de um problema de saúde. Sem novos nomes no futebol, na vice de finanças e de marketing, o encontro também serve para cobrança a respeito dos resultados do trabalho dos diretores executivos contratados para gestão do clube em 2013.
A pressão, que ainda é tímida, pode aumentar se o imbróglio judicial que se arrasta para sair as certidões negativas de débito não tiver fim esta semana. Mas há reclamações contra o novo modelo de gestão e insatisfação pela demora no cortes de despesas - principalmente no alto número de funcionários -, que estava previsto no orçamento do clube. Dirigentes amadores ainda pretendem questionar a contratação do advogado Waldymir Camargos, ex-consultor jurídico do Ministério do Esporte, para atuar no julgamento do clube no Superior Tribunal de Justiça Desportiva - em que o Vasco sofreu pena de atuar quatro partidas a mais de 100 km do Rio de Janeiro. Alegam os conselheiros que o Vasco tem outros três escritórios contratados, o que seria suficiente para atuar nesse caso e também no da inscrição do colombiano Montoya - outro que obrigou o clube a ir atrás do especialista em direito desportivo, o advogado Marcos Motta.
A semana é decisiva também para os rumos do futebol. Com a liberação das CNDs ou não, o clube espera desbloqueio de recursos e promete fazer o pagamento de dois salários atrasados para os funcionários e o elenco de jogadores. O Vasco deve finalmente assinar com a Caixa Econômica Federal e receber R$ 15 milhões do contrato com o banco público. Em campo, o time enfrenta o Goiás na quarta, em Goiânia, e o Bahia, em Salvador, no domingo. Embora Dorival Júnior se diga tranquilo quanto à mudança no comando técnico, o técnico já trabalha com a sombra de Joel Santana rondando São Januário.
Fonte: GloboEsporte.com
