Quando decidiu sair do Vasco no fim de 2012 para embarcar numa aventura nos Estados Unidos, Juninho deixava uma torcida que o elevou ao padrão Roberto Dinamite e Edmundo de qualidade de ídolos dos tempos recentes. Mesmo com a despedida, que terminou sendo breve, o camisa 8 permanecia no coração dos vascaínos. De volta, começou voando, fazendo gol no Fluminense e sendo o principal jogador do time até uma assustadora queda de produção geral. O temor que o Reizinho tinha lá atrás hoje é a realidade do Vasco: o risco de cair para a Segunda Divisão do futebol brasileiro.
Em 2008 foi Edmundo, com o recém-eleito presidente Roberto Dinamite, que sentiu o amargo gosto de parar de jogar com uma queda para a Segundona nas costas. Agora, é na pele do craque que o fantasma da Série B assombra São Januário. Nas coletivas de imprensa, após os jogos ou quando fala na saída de campo, Juninho já deixa claro que o objetivo é escapar do abismo de uma nova tragédia. E, neste sábado, o atacante Tenorio deixou claro que a missão do grupo atual é também tirar das costas de Juninho uma mácula em sua carreira, que seria uma despedida dos gramados com um rebaixamento no Vasco.
– Temos a sorte de jogar com um cara que nem ele. Claro que a nossa condição não é a ideal, mas a gente sabe que ele está para se aposentar e acho que seria um presente para ele deixar o Vasco na Primeira Divisão - diz o atacante, titular neste domingo, contra o Atlético-MG.
Quatro anos mais jovem que Juninho, o equatoriano lembrou que o calendário puxado acaba sacrificando todos os times e principalmente os mais velhos. Apesar de o destaque cruz-maltino ainda não estar confirmado para essa partida de domingo, contra o Atlético-MG,Tenorio acabou, mesmo que inconscientemente, escalando o camisa 8.
- Contamos com Juninho dentro e fora de campo. Se ele vai jogar em Minas ou não, não sei. Mas ele vai jogar, mesmo sendo complicado para ele essas partidas todas quarta e domingo. Juninho é um cara raçudo, que dá a vida dentro de campo. E quando se tem um cara desses, um líder, uma pessoa a seguir, um espelho, a gente pensa: "Não é possível que Juninho com 38 anos corra mais que um (jogador) de 20 anos" - diz Tenorio.
Fonte: GloboEsporte.com