FORÇA JOVEM, TOV E VASCONÇALO 1977: LONDRINA X VASCO CHEFE DA FORÇA JOVEM, O CLIMA É DE GUERRA
Três ônibus vieram do Rio com torcedores do Vasco.
Antes do jogo, houve uma festa de confraternização e os responsáveis pela Torcida do Londrina cederam até seu lugar cativo nas arquibancadas para a Torcida carioca.
Na hora em que o Vasco marcou o primeiro gol, porém começaram as brigas.
Na primeira, um garoto foi carregado para o vestiário do Londrina com um corte na cabeça.
Poucos minutos depois, nova briga, desta vez grave.
Sete torcedores do Vasco, saíram machucados e Edson da Vasconçalo, foi do Estádio direto para um Hospital para tirar radiografia da clavícula.
Examinado pelo Médico Manoel Mourinho, Edson estava com suspeita de fratura.
Em um dos ônibus, uma senhora da Torcida Organizada (TOV) que não quis se identificar apresentava ferimento na boca, provocada por um soco.
Outra briga séria aconteceu após a partida, no próprio campo dos ônibus tiveram que entrar no Estádio para que os torcedores do Vasco pudessem sair em segurança, entre torcedores do Vasco, policiais e dirigentes e torcedores do Londrina.
Mais três machucados, com pancadas no rosto, todos da Torcida carioca.
Preocupado com o problema, de Edson, o Chefe da Força Jovem, Ely Mendes, definiu a situação.
“Parece que estamos em guerra. É incrível como pode acontecer isso.Todo mundo bateu nos torcedores do Vasco”.
Edson disse que nunca tinha passado por experiência idêntica, lembrando que os torcedores do Vasco nunca hostilizaram ninguém no Maracanã, quando há público de fora.
“Tenho acompanhado o Vasco por muitos lugares e foi a primeira vez que tivemos problemas sérios. Viemos aqui em Londrina apenas para torcer, sem nenhuma intenção de menosprezar o público da Cidade. Infelizmente nem todos estão preparados para conviver em paz. É uma pena, porque o Campeonato Brasileiro permite a integração de todas as Torcidas do País.”
Fonte: Jornal O Globo 03 de Novembro de 1977