Foram 16 minutos de conversa particular entre Cristiano Koehler, diretor geral, e Dorival Júnior, técnico do Vasco, após o treino de terça-feira no CFZ. A presença do dirigente no CT, ponto fora da rotina de jogadores e comissão técnica, teve votos de incentivo, mas também explicações, e dá bem a noção da tensão que cerca a partida desta quarta-feira, às 19h30m, contra o Vitória, em São Januário.
Tamanha pressão exposta no muro do clube, que amanheceu pichado terça-feira. Um novo tropeço afundará o time ainda mais na zona de rebaixamento, com perspectivas nada agradáveis nas próximas rodadas, quando pegará Atlético-MG e Bahia, ambos como mandantes.
Por outro lado, uma vitória poderá deixá-lo em 11º lugar, dependendo de uma combinação de resultados. É nisso que o clube inteiro aposta. Koehler marcou presença na atividade como forma de prestar apoio ao time no momento decisivo. Porém, o dirigente não escapou das cobranças em relação aos dois meses de salários atrasados, situação que incomoda. Após várias falsas expectativas, a diretoria prefere manter o silêncio quanto à previsão de liberação das certidões negativas de débito.
- Seria fácil para mim usar desculpas extracampo para o fato de os resultados não estarem acontecendo. Prefiro assumir as coisas dentro de campo. Mas é claro que estamos em cima da diretoria, cobrando a normalização dos pagamentos, melhores condições para nossos jogadores - garantiu Dorival.
Na terça-feira, o treinador teve outra conversa diferente das que está acostumado a ter. Chamado por quatro torcedores, foi até o alambrado para ouvir as reclamações e os medos de vascaínos temerosos quanto a um segundo rebaixamento para a Série B em cinco anos.
- Temos a obrigação da vitória. Não estamos desesperados, como estão tentando fazer parecer. Mas precisamos de um grande jogo diante da torcida - admitiu.
Fonte: Extra Online