O momento ruim dentro de campo e o relato de mau exemplo de uma minoria de jogadores fora das quatro linhas já faz a direção do Vasco avaliar o fim da concentração antes dos jogos. Desde a chegada de Dorival Júnior, por opção do treinador, o regime de preparação para os jogos no Rio de Janeiro havia mudado. Os jogadores dormiam em casa e só se apresentavam no horário de almoço no dia da partida. Mas a entrada na zona de rebaixamento deve provocar mudanças já contra o Vitória, nesta quarta-feira, em São Januário. O elenco do Vasco deve seguir para um hotel após o treino da tarde desta terça.
O assunto foi um dos temas abordados numa reunião realizada na tarde da última segunda-feira, que contou com o presidente Roberto Dinamite, o diretor geral Cristiano Koehler, o diretor de futebol Ricardo Gomes e o técnico Dorival Júnior. No entanto, a decisão de concentrar ou não caberá à comissão técnica. Até a noite de segunda-feira os jogadores não haviam sido informados sobre qual seria o procedimento.
Desde a partida contra o Criciúma, em julho, o Vasco vinha seguindo a rotina de não concentrar na véspera dos jogos em casa. Até o último domingo os atletas se apresentavam no hotel no dia das partidas, no horário do almoço. Não foram só a queda de rendimento em campo, os resultados negativos e a posição preocupante na tabela que alertaram a direção vascaína para as mudanças, mas também o comportamento de alguns jogadores.
Há relatos de excessos dos atacantes André e Willie e do zagueiro Rafael Vaz. O ex-santista chegou a sair de um treino na manhã do dia 7 de setembro, no CFZ, véspera do jogo na noite de domingo contra o Atlético-PR (que terminou empatado por 1 a 1), direto para Angra dos Reis para a festa Weekend, num hotel de luxo do balneário fluminense. O diretor executivo de futebol do Vasco, Ricardo Gomes, já tomou conhecimento de algumas histórias e vai intervir junto ao trio pela conduta em prol do grupo neste segundo turno do Brasileiro.
A flexibilização da concentração já era estudada desde o ano passado, ainda com o ex-técnico Cristóvão Borges. À época, era também uma forma de protesto pelos salários atrasados e pelas promessas não cumpridas. Agora, o que já era ensaiado ainda com Paulo Autuori virou medida definitiva com Dorival Júnior. Vozes importantes do elenco, como de Juninho, também eram a favor do fim da concentração.
Fonte: GloboEsporte.com