Novo xodó da torcida do Vasco, o jovem Willie conquistou companheiros e dirigentes com boas atuações recentes. Autor de três gols no Campeonato Brasileiro, o atleta também cativou o Cruzmaltino por ter superado uma arritmia cardíaca. Ele deixou para trás os problemas disciplinares e motiva a cúpula vascaína no investimento de dois milhões de euros (R$ 6 milhões) ao final do ano para viabilizar a sua aquisição definitiva.
Em crise financeira, o Vasco evita tratar o assunto de maneira pública e ainda não manifestou o desejo ao Vitória - detentor dos direitos econômicos. No entanto, a ideia da administração é contar com um investidor disposto a colaborar com a compra caso Willie mantenha o bom nível exibido até o momento em São Januário. O clube baiano aguarda o contato dos dirigentes, mas comemora o sucesso na iniciativa que envolveu o empréstimo do jogador de 20 anos.
"O Vasco terá o Willie em definitivo se depositar a quantia até dezembro. Caso isso não ocorra, o atleta volta naturalmente para o Vitória. Ele surgiu como uma grande promessa e tem o futuro brilhante pela frente. Liberamos para que tomasse um rumo na carreira. Deu tudo certo e estamos felizes", afirmou o diretor de futebol do Vitória, Raimundo Queiroz.
Para conquistar o seu espaço no Vasco, Willie superou um problema cardíaco no final do ano passado. Ele estava com a seleção brasileira sub-20 quando foi diagnosticada uma "arritmia cardíaca assintomática" - o que significa que não há palpitação e desmaio. No entanto, o jogador precisou passar por uma intervenção cirúrgica.
Recuperado, ele retomou a carreira e também deixou os problemas disciplinares para trás. Considerado um "jovem de personalidade forte", Willie viveu o até então último caso de rebeldia na Copa do Brasil sub-20 de 2012. Ele se apresentou para cobrar um pênalti, mas a orientação da comissão técnica era a de que outro atleta executasse o arremate. Revoltado, o atacante atirou a bola contra o chão e foi cortado do compromisso seguinte.
No Vasco, o seu comportamento é elogiado por companheiros e dirigentes. Aparentemente mais tranquilo e disposto a construir uma história no futebol, Willie acompanha o desenrolar da carreira de um jeito tímido, o que sempre foi a sua principal característica para quem o conhece há mais tempo.
"Costumo dizer que esses episódios são teimosias normais de um menino. Não tem nada demais. O Willie é um bom garoto, maravilhoso e sempre foi tranquilo. As coisas acontecem quando um jovem começa a aparecer no futebol. Mas depois a cabeça entra no lugar e a carreira deslancha. Isso tudo foi bom para ele aprender um pouco na vida e se concentrar no que realmente é importante", encerrou Raimundo Queiroz.
Fonte: UOL