Um pequeno alívio chegou para os cofres do Vasco, mas não para os bolsos de seus funcionários. O clube recebeu na última segunda-feira a primeira parcela do pagamento do Al Nasr, dos Emirados Árabes, no valor de 1 milhão de euros, cerca de R$ 3,1 milhões, referente ao empréstimo do atacante Eder Luis. O valor, porém, não deverá ser usado para o acerto de parte dos salários atrasados dos funcionários. A dívida já chega a três meses.
O mais provável é que a quantia seja utilizada para amortecer parte do passivo que o Vasco possui com o Benfica, de Portugal, gerada na aquisição dos direitos econômicos do próprio Eder Luis e também do volante Fellipe Bastos, emprestado à Ponte Preta. Enquanto isso, a insatisfação cresce na Colina.
Em São Januário, a falta de diálogo da diretoria com os funcionários, sem que seja dada uma previsão de quando a dívida salarial será acertada, tem gerado descontentamento. Com o departamento de futebol, a atualização das informações tem sido constante, com reuniões regulares do elenco com o diretor geral, Cristiano Koehler.
A tendência é de que a questão dos salários só seja resolvida quando o clube finalmente começar a receber o dinheiro do patrocínio da Caixa, de R$ 15 milhões, o que ainda não tem data para acontecer. A diretoria segue à espera de que a Justiça libere as Certidões Negativas de Débito necessárias para a liberação da verba.
- Por enquanto, ainda não temos nada. Já demos entrada, agora estamos esperando o trâmite na Justiça - afirmou o diretor jurídico do Vasco, Gustavo Pinheiro.
A expectativa em São Januário é de que outras fontes de renda possam ser geradas ainda este ano, após a regularização da situação fiscal vascaína e o fim do risco de sofrer penhoras. A diretoria tem buscado patrocínios para a manga da camisa e também para o calção.
Pelo empréstimo de Eder Luis, o Vasco ainda tem a receber mais 3 milhões de euros, aproximadamente R$ 9,3 milhões. Caso o Al Nasr queria comprá-lo, terá de pagar mais R$ 9,3 milhões.
Fonte: Extra Online