Os dois gols de Willie no jogo contra o Cruzeiro despertaram a atenção da torcida para o pequeno camisa 93 do Vasco. Emprestado pelo Vitória até 31 de dezembro deste ano, o jogador chegou a tiracolo da contratação do lateral-direito Fagner. A dupla é empresariada por Carlos Leite e representa dois dos nove que têm contrato de empréstimo se encerrando no fim deste ano - contando com a chegada do lateral-esquerdo Rodrigo Biro, da Ponte Preta. Se a permanência de Fagner depende de um entendimento entre o Vasco e o Wolfsburg - o clube brasileiro pode optar por renovar o empréstimo -, para Willie ficar os dirigentes vascaínos já sabem quanto devem depositar: R$ 2 milhões.
Com salários atrasados - o clube espera quitar um mês ao menos até o dia 5, portanto antes de completar três meses de débito - e prioridades para a ordem do dia, como subir na tabela, pagar dívidas e ainda observar o mercado para contratação de reforços, hoje o Vasco nem trata de buscar dinheiro para comprar os direitos econômicos dos jogadores que atuam mais vezes e vêm agradando ao clube. Entre os emprestados, André é o que tem desempenho mais notável, com oito gols em 12 jogos. O atacante, porém, chegou ao Vasco graças a uma operação triangular envolvendo Atlético-MG, detentor da maior parte dos seus direitos econômicos, e o Santos.
No entanto, a maioria dos emprestados não deve continuar no clube. Leonardo e Fillipe Soutto retornam para o Atlético-MG, assim como Pedro Ken para o Cruzeiro. O meia Fabio Lima, que mostrou talento nas poucas chances que teve, é uma das opções vascaínas de investimento, mas o contrato sem direitos econômicos fixados pode encarecer o negócio com o Atlético-GO, clube ao qual pertence. Outro que dificilmente vai permanecer é o lateral peruano Yotún, que tem contrato até 31 de dezembro, tem direitos econômicos fixados, mas deve retornar ao Sporting Cristal.
A diretoria do Vasco evita se pronunciar sobre a continuidade ou a possibilidade de investimento nos atletas emprestados, mas o objetivo é que em 2014 o clube conte com mais jogadores revelados em São Januário. O técnico Dorival Júnior é um dos entusiastas da estratégia. O meia Alisson voltou ao Cruzeiro porque o valor dos direitos econômicos era considerado fora da realidade (cerca de R$ 7 milhões) e ainda porque a comissão técnica decidiu apostar em jogadores da casa (como Marlone, por exemplo) ao invés de valorizar o atleta de outro clube - além disso, evidentemente, Alisson não estava sendo utilizado pelo treinador vascaíno. Com o título da Taça Belo Horizonte e algumas promessas despontando - como os atacante Thales, Marquinhos, o meia Jhon Cley, Guilherme, entre outros -, o Vasco aposta em inverter a relação de pratas da casa e emprestados para a próxima temporada.
Fonte: GloboEsporte.com