Mais um jogador formado em uma grande equipe do futebol brasileiro pode deixar o clube sem dar retorno técnico ou financeiro. Desta vez, a história se repete com Renato Augusto, volante das divisões de base do Vasco. O jogador chegou a São Januário aos 14 anos, teve a primeira oportunidade no profissional em 2010 e desde então atuou pouco no time da colina.
Natural de Bom Despacho, interior de Minas Gerais, o atleta jogou pela última vez uma partida valendo três pontos, na derradeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2012, no clássico diante do Fluminense. Sem oportunidade e com salários atrasados, ele entendeu que o melhor era retornar à cidade natal.
- O custo de vida no Rio de Janeiro é muito alto e novamente me informaram que não seria aproveitado. Não sei quantos meses, mas estou com salário atrasado e decidi voltar para Bom Despacho – contou.
O contrato do atleta vai até o fim do Campeonato Carioca de 2014, porém, o jogador não se sente mais à vontade para cumprir o acordo.
- Devo ir ao Rio de Janeiro na próxima semana. Espero ter uma conversa amigável e que não prejudique nenhuma das partes. Neste momento, quero jogar, rescindir meu contrato porque nenhuma equipe gosta de pegar atletas por empréstimo. Pretendo rescindir e fechar com o um clube logo – afirmou.
Com 23 anos, Renato Augusto garantiu que na base foi capitão do Vasco em praticamente todas as categorias. O desejo de deixar o clube se deve a ausência de jogos.
- Subi em 2010. Considero que fiz um bom campeonato, depois joguei bem no Atlético-GO em 2011, retornei e joguei pouco no Vasco. Pretendo sair, pela desvalorização que tive. Quero deixar bem claro que tenho um enorme carinho pela torcida do Vasco. Sempre me trataram bem e eles também não entendem porque não jogo. Até tenho saudade dos torcedores – explicou.
Amor pelo Cruzeiro
Um dos gols mais bonitos da carreira de Renato Augusto ocorreu contra o time de coração. Atuando pela equipe carioca, o volante marcou na derrota para o Cruzeiro por 3 x 1, no dia 21 de novembro de 2010.
- Meu maior sonho é jogar no Cruzeiro. Sou cruzeirense ‘doente’, penso que um dia posso concretizar esse sonho. É uma vontade não só minha como também da família. Se minha mãe me assistisse com a camisa do Cruzeiro, acho que ela daria um ‘treco’. Ela é muito fanática, chega a roer todas as unhas nos jogos – afirmou.
Empresários ruins
Na categoria de base, Renato Augusto se destacou ao conquistar a Copa Rio Juvenil, o Torneio OPG e o Campeonato Carioca. O começo gerou boas expectativas, no entanto, além da ausência de jogos, outro fator atrapalhou o jogador.
- No momento estou sem empresário. Dependendo da pessoa é melhor ficar sem. Tive duas experiências frustrantes que me desanimaram. Confiei em pessoas erradas, que só me sacanearam. Eles prometeram muita coisa e não cumpriram. Hoje, eu mesmo vendo meu peixe e com certeza os caras ruins atrapalharam meu início de carreira – concluiu.
Renato Augusto garantiu que não existem propostas oficiais para o segundo semestre. O que há são sondagens de equipes da Série A e B do brasileiro e algumas possibilidades do exterior. Ele espera que a rescisão de contrato seja um facilitador para encontrar uma nova equipe.
Fonte: GloboEsporte.com