Após ótimas atuações, Marlone viaja para Belo Horizonte em seu melhor momento desde que subiu ao profissional do Vasco. Mas poucos sabem que, há dez anos, quando pisou em solo mineiro pela primeira vez, ele, por pouco, não virou jogador do Cruzeiro, justamente o rival deste domingo.
O Cruzeiro foi o primeiro clube em que Marlone tentou a sorte. Em 2005, foi realizada uma peneira em uma cidade vizinha a que ele morava, no Tocantins. Um dos poucos aprovados, ele teve de viajar até Belo Horizonte. Por lá, passou por nova avaliação. Mas, no fim das contas, não deu certo.
– Arrumamos um dinheiro e fui com o Marlone até Minas Gerais. Gostaram dele, mas pediram que voltasse no ano seguinte, devido a idade (11 anos). Em 2006, passou de novo nos testes, mas disseram que não formaria time daquela faixa de idade. Foi o que aconteceu – lembrou Jaldo, pai de Marlone, que na época era vereador e contou com ajudinha de amigos para conseguir juntar dinheiro para as passagens.
Marlone deixou a capital mineira frustrado, mas na mesma semana viu um novo caminho se abrir. Ele e seu pai retornaram para Augustinópolis, terra natal deles, enfrentando uma viagem de ônibus de quase um dia inteiro. Sem descanso, o garoto partiu logo para o campinho. Lá, naquele dia, soube por intermédio de amigos que teria uma peneira do Vasco na região.
– O Marlone chegou em casa falando dessa peneira do Vasco. Aí eu disse: “vai descansar, já vem com essa história de peneira de novo?” Ele ficou falando toda hora e me fez prometer que o levaria. Aí foi tudo diferente, graças a Deus – contou Jaldo.
Em pouco tempo de teste, Marlone já era um dos aprovados na peneira vascaína. Dias depois, embarcou, ao lado do pai, para o Rio de Janeiro. Hoje, ele colhe os frutos e surge como joia na Colina.
Fonte: Lancenet