Com um susto logo que a bola rolou e o freio de mão puxado, o Vasco se limitou a fazer o necessário para evitar uma zebra em São Januário, na noite desta quinta-feira, e bateu o Nacional-AM por 2 a 1. Foi o suficiente para carimbar a classsificação às quartas de final da Copa do Brasil, já que, na partida de ida, a vitória foi por 2 a 0. O rival agora é o Goiás, nos dias 25 de setembro e 23 de outubro, ainda sem ordem de mando de campo definido.
O fantasma de antigas eliminações precoces assombrou o Vasco logo nos primeiros minutos. Do palco de festa da torcida, esbanjando confiança e esperançosa em ver a equipe recuperar o caminho das vitórias, São Januário entrou em clima da apreensão quando o árbitro marcou pênalti de Fillipe Soutto em jogada polêmica. Danilo Rios parou em Diogo Silva na cobrança, mas, no rebote, não perdoou. Faltava apenas um gol para o Nacional-AM fazer história.
O problema é que o cenário foi outro a partir de então. O goleiro Gilberto se tornou a principal figura do jogo, com defesa arrojadas, inclusive em arremate de Marcinho, seu companheiro, contra a própria meta. Com ampla posse de bola, parecia questão de tempo para o time de Dorival Júnior virar. Aos 25, Nei sofreu pênalti, ignorado pelo juiz. Até Yotún abrir caminho pela esquerda e rolar a medida para Marlone concluir e festejar com direito a cambalhota.
Novo titular, o garoto cruz-maltino, aliás, fez de tudo: bateu faltas, driblou, chutou a gol com perigo. Foi o dono da etapa, ofuscando o colombiano Montoya, que pouco deu as caras em campo. Na volta do intervalo, mais um meia para dividir a armação: Fábio Lima entrou na vaga de Soutto e mostrou que o treinador queria resolver a parada de uma vez. Só que o Naça não desistiu e incomodou nos primeiros momentos, mas faltava categoria.
Tenorio perdeu boa oportunidade, Nei acertou o travessão, aos 20, bola para um lado, erro do outro... e o que mais chamou a atenção foram as saídas Roberto Dinamite, nome em referência ao presidente do Vasco que não tem intimidade com a bola, e a de Marlone, ovacionado. No mais, quase nada a acrescentar, além de muita correria e lances insinuantes sem efeito prático de Yotún, Willie, Fábio Lima e Nei. Este, porém, ganhou moral com a galera, meio na base da ironia, que cantou "Nei é Seleção" e "Nei é melhor que o Neymar" a plenos pulmões.
Aos 44 minutos, para não ficar o gostinho do empate em casa, Dakson, que entrara no lugar de Montoya, virou o placar ao receber de Fábio Lima e tocar, de, mansinho na saída do goleiro. Confronto definido, fim da linha para uma das sensações da competição e alívio ao favorito.
Fonte: GloboEsporte.com