Quando anunciou sua insatisfação pela saída de Eder Luis para o Al-Nasr, o técnico Dorival Júnior estava com a cabeça exclusivamente na bola e, não, na calculadora. Já a diretoria do Vasco botou o coração na ponta do lápis: a coluna apurou que, com contrato até 2016, o jogador representaria uma despesa para o clube superior aos R$ 15 milhões em salários e encargos.
O empréstimo por dois anos faz o Vasco respirar. E a diretoria fica na torcida para que o atacante encha os olhos do clube dos Emirados Árabes. Afinal, o Al-Nasr tem a opção de comprá-lo por 4 milhões de euros (R$ 12 milhões), em junho do ano que vem.
Nos corredores de São Januário, fica a sensação de que o empréstimo foi um bom negócio. Afinal, Eder Luis não era nem de longe o jogador que um dia encantou a torcida. E, psicologicamente, era frágil. Baixo astral e deprimido, tinha dificuldade em levantar a cabeça diante das adversidades.
Dorival tem o direito de querer o melhor. E, até, de queixar-se por ter sido o último a saber da negociação, mas, nesse caso, entra em cena o fator surpresa: ninguém esperava que Eder Luis, ainda com contrato em vigor, se recusasse a vestir a camisa do Vasco para enfrentar no último domingo o Corinthians, num jogo tão importante.
Em São Januário, ninguém gostou.
Fonte: Blog Extracampo - Extra Online