O Vasco celebra 15 anos de um dos seus títulos mais importantes neste dia 26 de agosto. Trata-se da Libertadores da América, vencida em 1998 e que consagrou uma geração em São Januário. Uma década e meia depois, o sentimento é de nostalgia, mas com pequena frustração em razão de o Cruzmaltino não ter repetido a dose. Até por isso, o capitão da histórica taça vê necessidade de um projeto para novas conquistas de expressão.
Atual coordenador das categorias de base do Vasco, o ex-zagueiro Mauro Galvão teve grande atuação durante o torneio continental e não foi diferente nas duas partidas decisivas contra o Barcelona de Guayaquil. Ele acredita que o projeto envolvendo a manutenção do elenco é imprescindível para sonhar com uma nova Libertadores na sala de troféus.
"Sem isso, fica muito difícil. Perdemos o Edmundo e o Evair, mas chegaram Donizete e Luizão. O jeito de jogar mudou um pouco de um ano para o outro, porém, não interferiu na qualidade. O Vasco disputava tudo naquele período e continuamos fortes", afirmou.
"Acho que o clube esteve próximo de repetir a filosofia no ano passado. O elenco mudou pouco e o grande desmanche aconteceu após a Libertadores. Faltou pouco para o Vasco avançar naquele jogo contra o Corinthians. O caminho é esse. Desfazer o elenco só complica as coisas e torna cada vez mais distante a conquista de um título com essa expressão. As peças não devem ser alteradas e o projeto precisa ser concluído", completou.
Além das vitórias por 2 x 0 e 2 x 1 sobre o Barcelona de Guayaquil nos confrontos finais, o Cruzmaltino conseguiu outros cinco triunfos na competição. O time empatou em cinco oportunidades e foi derrotado apenas por Grêmio e Guadalajara logo no início da campanha.
A equipe campeã formou com: Carlos Germano; Vágner, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luizinho, Nasa, Juninho e Pedrinho; Donizete e Luizão. O capitão recordou as orientações prévias do técnico Antônio Lopes e fez questão de convocar a torcida para celebrar o aniversário do título.
"São Januário lotado foi o aspecto mais marcante da conquista. Era realmente um caldeirão. Não começamos bem a campanha. Perdemos duas partidas e quando voltamos para o Brasil conversamos para acertar da melhor maneira possível. Não perdemos nenhum jogo em casa. Era a postura de um time que queria ganhar. O Lopes pedia para marcarmos no campo adversário e quase sempre conseguimos as vitórias no primeiro tempo", explicou.
"A torcida sempre vai lembrar e precisa comemorar. É a conquista mais especial em termos de clube, não tem como negar. É lógico que existem outros títulos importantes, mas tenho a certeza de que fizemos parte do grupo que conseguiu colocar na sala de troféus a maior glória do clube até hoje", encerrou.