Juninho: 'A Libertadores é o título de maior importância pra mim, porque foi no ano do centenário'

Segunda-feira, 26/08/2013 - 10:30

Nesta segunda-feira, 26 de agosto de 2013, a torcida vascaína está em festa. Não, não se trata de mais uma das muitas comemorações para celebrar o aniversário de 115 anos do clube, completados no último dia 21. Trata-se, na verdade, dos 15 anos do principal título do Vasco: a Libertadores de 1998. Para tornar ainda mais saborosa a conquista, ela foi alcançada no ano do centenário, que para muitos outros clubes, até mesmo aqui do Rio, foi sinônimo de maldição.

Embora conquistada por um dos times que de 1997 a 2000 ganhou praticamente tudo que disputou (dois brasileiros, a Libertadores, uma Mercosul, um Rio São Paulo e um Carioca), considerado uma espécie de versão moderna do Expresso da Vitória, o Vasco não teve vida fácil na primeira fase, quando se classificou em segundo lugar de um grupo que contava com o brasileiro Grêmio e os mexicanos Chivas e América.

Se a classificação na fase de grupos foi suada, no mata-mata, das oitavas até a semifinal, o Gigante ganhou nada menos do que os três últimos campeões da Libertadores, até então: Cruzeiro (1997), Grêmio (1995) e River Plate (1996). Na decisão, o adversário foi o Barcelona de Guayaquil (EQU). Se o orgulho de chegar à final já era enorme, ver São Januário, fruto da força e determinação do povo vascaíno, lotado, era prenúncio de acontecimento. E assim se fez. Vitória em casa, por 2 a 0, e nova vitória em território equatoriano, desta vez por 2 a 1. Donizete e Luisão marcaram lá e cá, e o Vasco ergueu a taça.

E tem mais: como se achasse pouco ser campeão da principal competição da América, o Vasco ainda teve gol imortalizado em canção pela torcida. Juninho marcou de falta o Gol Monumental, no empate em 1 a 1 com o River Plate, que colocou o Gigante na final. Hoje, aos 38 anos, Juninho disputa mais um brasileiro pelo Vasco, de olho na volta à Libertadores do ano que vem. Na véspera do jogo contra o Corinthians, no último domingo (25), pelo Brasileiro, o atual capitão vascaíno comentou, com exclusividade para o Site Oficial, as dificuldades encontradas na maior competição de clubes das Américas.

- A Libertadores é o título de maior importância pra mim, porque foi no ano do centenário. Participei de sete jogos, em um ano que fiz uma cirurgia no púbis. Conquistei sete títulos na Franca, mas a Libertadores foi mais importante porque marcou muito a minha vida. Nós perdemos alguns jogadores importantes na fase decisiva. No jogo contra o cruzeiro, por exemplo, eu estava voltando de lesão, mas mesmo assim conseguimos. A harmonia daquele grupo foi muito importante para alcançarmos o título. Na volta, em um voo fretado, nem dormimos. Foram quatro horas de bagunça – lembrou Juninho.

Outro a desfilar seu enorme talento naquela Libertadores, Carlos Germano, hoje treinador de goleiros do clube, assim como Juninho, também destaca o sabor especial que sentiu pelo fato de a Libertadores ter sido conquistado no ano do Centenário. Tal qual o capitão vascaíno, Germano, também emocionado, lembra, para deixar ainda mais claro as dificuldades encontradas naquela caminhada, uma artimanha utilizada pelos equatorianos para tentar parar o Vasco, que já havia vencido o primeiro jogo, em São Januário, e podia perder até por um gol de diferença para dar a volta olímpica.

- É um título que dá muito orgulho a todos nós, principalmente porque foi no ano do centenário. E fico muito feliz de poder reviver isso tudo, 15 anos depois. Vascaíno mesmo, de verdade, jamais esquecerá esta conquista.

Jogamos em vários estádios nos quais os nossos vestiários tinham forte cheiro de tinta. Na final mesmo, contra o Barcelona (QUE), isso voltou a acontecer. Entendo que foi de propósito, tinha mais essa adversidade na competição, mas vencemos tudo isso – lembra Germano.

Nestes quinze anos, o mundo mudou, o time não é mais o mesmo, mas a emoção daquela conquista e a grandiosidade do Vasco continuarão inabaláveis, para sempre.




Fonte: Site oficial do Vasco