De lateral improvisado e quase transferido a titular, Marlone tenta se firmar

Segunda-feira, 26/08/2013 - 10:23

A atuação de Marlone contra o Corinthians caiu como um calmante para o técnico Dorival Júnior. O treinador estava muito irritado com a diretoria, que emprestou Eder Luis para o Al Nasr , dos Emirados Árabes, de uma noite para a outra, depois de uma semana de treinamentos com o jogador. Mas a desenvoltura de Marlone deixou o comandante menos preocupado. O antigo camisa 10 dos juniores, destaque da base e esperança da torcida desde um golaço na Copa São Paulo de Juniores de 2011, conseguia até com certa facilidade driblar e criar chances (apesar de perder a principal delas no segundo tempo) contra um dos times que melhor se defende na competição. E isso sabendo que ia jogar apenas horas antes da partida.

Promovido da base há um ano, logo após a Taça Belo Horizonte de 2012, no profissional, o jogador tinha dificuldade para mostrar seu futebol rápido, de dribles e arrancadas até então no profissional. Desde o treinador Marcelo Oliveira no ano passado até Paulo Autuori, quase todos treinadores apostavam no amadurecimento e num maior aproveitamento de Marlone no profissional. Ele chegou a compor os times reservas nos coletivos como lateral-direito e volante. No ano passado, quase foi para o Botafogo. Este ano mesmo, ficou com um pé fora do Vasco. O ex-diretor de futebol René Simões tentou emprestá-lo para o Atlético-GO, como forma de pagamento do empréstimo do também meia Fabio Lima.

Mas, coincidentemente ou não, é com Dorival que ele ganha as melhores chances. O atual técnico vascaíno estava no Vasco em 2009, quando Marlone estava perto do fim de contrato e participou de um amistoso contra a seleção da Nicarágua. Na época, o garoto completou o time de reservas dos profissionais e impressionou o treinador, que pediu a renovação de contrato de Marlone. Quase dois anos depois, na Copa São Paulo de Juniores, o jogador fez fila, um golaço e gerou expectativa no torcedor vascaíno, que desejava vê-lo logo em cima.

- O Marlone vinha entrando bem no time há um tempo já. Perdi o Eder, um jogador que vinha crescendo e fazia uma função importantíssima, mas menos mal que o Marlone jogou muito bem – disse o treinador

Dorival explicou ainda a improvisação do meia-atacante posicionado mais à frente, exercendo função semelhante à de Eder Luis.

- Entre as opções que eu tinha era quem mais se aproximava do Eder. E ele teve uma aproximação muito boa no ataque, ajudou na marcação. Quando se encontrou em campo, ele desenvolveu o futebol com naturalidade, criando oportunidades importantes. Espero que continue assim, porque futebol não se resume a só uma partida.

Fonte: GloboEsporte.com