A frustração do técnico Dorival Júnior com o empate de 1 a 1 do Vasco na partida contra o Corinthians - com o time vascaíno perdendo algumas oportunidades para virar o jogo na segunda etapa - não foi maior do que a irritação do treinador com a notícia do empréstimo do atacante Eder Luis. Dorival contou, em coletiva de imprensa após a partida, que soube na noite de sábado que o jogador estava sendo emprestado para o Al Nasr, dos Emirados Árabes. Ele deixou claro que o negócio foi conduzido sem o seu aval.
Na noite de sábado, no hotel, a diretoria avisou ao treinador que estava negociando o atacante. Dorival foi obrigado a engolir, da mesma forma que o diretor executivo de futebol Ricardo Gomes, que também estava contrário à liberação do jogador - apesar do alto valor pago pelo time dos Emirados Árabes.
- Trabalhamos ao longo da semana com um jogador, fazendo todas as situações de jogos e, na véspera, ficamos sabendo da saída do Eder. Uma pena. Fazemos futebol profissional de maneira amadora. Infelizmente... Futebol tem que mudar, gente. Não pode ser assim - disse o treinador, antes de responder se havia ficado aborrecido por não ter poder de veto na negociação do jogador.
Dorival bateu novamente na tecla de treinadores que ficam desprotegidos em situações desse tipo. E sugeriu, ainda, que houvesse adequação ao calendário internacional para que não acontecessem saídas como essa do atacante Eder Luis.
- Não é questão de aborrecer (a decisão da diretoria pela saída). Fui contra e continuo sendo contra a saída do Eder. O Vasco não pode perder jogadores, tem que ganhar outros jogadores de qualidade, é o contrário. E agora? Não vamos trazer ninguém. Quem vamos contratar agora, com a janela fechada? Mas deixo nas mãos da diretoria, que defina a situação. Vamos tentar seguir nosso caminho com nossos jogadores. Vamos valorizá-los e seguir na competição - resignou-se o treinador.
Fonte: GloboEsporte.com
