O dia de sexta-feira foi de alívio em São Januário. No começo da tarde, a diretoria do Vasco recebeu ofício da Receita Federal confirmando o parcelamento da dívida fiscal do clube. O documento encerrou com final feliz uma difícil negociação que se arrastou por meses. A tarefa que desponta daqui para frente não será menos complicada. Em cinco anos, o Cruz-Maltino terá de pagar R$ 72 milhões ao órgão.
- Não podemos pensar que será fácil, mas chegamos a uma condição em que a Receita poderá receber e o Vasco, pagar. Foi feita análise complexa para que as parcelas pudessem se adequar ao fluxo financeiro do clube - afirmou Gustavo Pinheiro, diretor jurídico do Vasco.
No primeiro ano, o pagamento será de R$ 604 mil mensais. No segundo, o valor subirá para R$ 1 milhão. No terceiro ano de acordo, a quantia subirá para R$ 1,36 milhão. Finalmente, nos dois últimos anos, a mensalidade será de R$ 1,5 milhão.
Com o reparcelamento da dívida fiscal, o Vasco poderá obter as certidões negativas de débito necessárias para a assinatura do contrato de patrocícnio com a Caixa Econômica Federal. Além disso, ficará livre de penhoras de receitas oriundas de patrocinadores e cotas de televisão.
- Foi uma grande vitória, na verdade. Esse será um grande passo para recuperarmos a estabilidade financeira do clube de uma vez por todas - festejou Pinheiro.
Enquanto isso não acontece, o clube se contenta com os cerca de R$ 1 milhão que ganhou na venda da partida que disputará domingo, contra o Corinthians, no Mané Garrincha. O dinheiro será utilizado para pagar compromissos com fornecedores, enquanto o salário dos funcionários só será quitado depois que o dinheiro da Caixa entrar, o que deve acontecer em até duas semanas.
Com o preço dos ingressos entre R$ 160 e R$ 300, o clube foi conservador e preferiu não arriscar em um jogo de casa cheia no Distrito Federal. Caso o estádio tenha grande público no domingo, a renda poderá facilmente superar os R$ 3milhões.
Fonte: Extra Online