A partida de ida pelas oitavas de final da Copa do Brasil entre Nacional e Vasco terminou com a vitória do time carioca, por 2 a 0, na noite da última terça-feira (20), no estádio Roberto Simonsen (Sesi), Zona Leste. Porém, a confusão envolvendo torcedores que não conseguiram assistir a partida está apenas começando.
O valor do ingresso na bilheteria do clube baré era de R$ 50, já aqueles que optaram comprar pelo site da Ingresse (www.ingresse.com.br) pagaram adicional de uma taxa, totalizando R$ 57. De acordo com a Polícia Militar, aproximadamente 2 mil pessoas ficaram de fora do estádio e muitas foram ‘lesadas’, já que compraram os bilhetes e não usufruíram.
A consultora imobiliária, Eveline Rosas, 25, foi uma das ‘barradas’. Ela chegou na fila da entrada dos torcedores vascaínos às 18h30 e não conseguiu entrar, pois os portões de acesso foram bloqueados pelo Corpo de Bombeiros, que já apontava lotação máxima na arquibancada destinada ao público.
Na esperança de assistir a partida, ela foi com a mãe e o irmão para a fila dos torcedores do Nacional. “Não tive nenhum problema na hora de comprar os bilhetes, foi supertranquilo. Só tive esse contratempo na entrada do estádio. Depois de enfrentar uma fila gigantesca soube que não entraríamos no portão e tentamos acesso pelo de cima”, afirmou.
Ela testemunhou o confronto entre PMs e torcedores. “Quando chegou lá, houve aquela confusão com os torcedores da Força Jovem e soltaram bombas. Desistimos de assistir a partida no estádio e fomos para um lugar mais tranqüilo. Não achei justo expor minha família daquele jeito”, se queixou a consultora.
Eveline, inclusive, já entrou em contato com a empresa responsável pela venda via internet pelo e-mail contato@ingresse.com. “Eles nos orientaram a mandar esse e-mail, mas ainda não tive resposta. O jeito é aguardar e ver quando eles vão iniciar esse ressarcimento”, lamentou.
Diferentemente da vascaína, Uendel Pinheiro, 27, enfrentou a confusão no dia da compra na sede do Nacional em vão, já que não entrou no estádio. “Já tinha passado um sufoco no dia da compra e, ontem (terça-feira), foi outra agonia. Fiquei de 19h20 às 20h25 na fila e começaram a estourar as bombas”.
O administrador optou por ir embora e não decidiu se tentará o ressarcimento. “Achei melhor voltar e assistir em casa, era mais seguro. Realmente não sei se valerá à pena tentar recuperar o prejuízo de R$100. Fico receoso de acontecer mais quebra-quebra na devolução”.
Fonte: Em Tempo