Carro de som, gritaria, cartazes e fãs descontentes. O ambiente em frente ao hotel Mercure, no Setor Hoteleiro Norte, onde o Vasco está hospedado, poderia ser de festa, mas os 38 torcedores que cercaram ônibus do time, nesta quarta-feira, estavam protestando contra a diretoria. O motivo é o preço dos ingressos para a partida contra o Corinthians, no domingo, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, válida pelo Campeonato Brasileiro. A entrada mais barata para o duelo dos alvinegros custa R$ 80 (meia entrada).
“O que o Vasco não fatura em São Januário quer faturar aqui em Brasília. É um desrespeito com o torcedor. Quero levar meus filhos para a partida, mas é impossível com esse valor. Eles preferem ganhar dinheiro com estádio vazio do que lotar o estádio com preço acessível”, disse o torcedor Kléber Luis.
Wallace Mendonça, líder da torcida Força Jovem, ameaça boicotar os próximos jogos da equipe carioca que mantiverem o alto valor dos ingressos. “Se continuar com esse preço, não vamos ao jogo. Ficaremos do lado de fora, protestando. Não vamos ser coniventes com nenhum tipo de abuso da diretoria. O protesto cabe para todas as torcidas de Brasília. É um absurdo pagar R$ 80 aqui e R$ 15 no Rio de Janeiro. Estão chamando o brasiliense de burro”, comentou.
Após 20 minutos de muito barulho, o diretor executivo do Vasco, Ricardo Gomes, e o preparador de goleiros, Carlos Germano, desceram ao saguão do hotel para conversar com os torcedores. Após o diálogo, Ricardo Gomes não deu explicações. Disse apenas que repassaria as reclamações à diretoria e prometeu entrar em contato com os torcedores para esclarecer todas as dúvidas. Com o clima mais calmo, Carlos Germano distribuiu autógrafos e posou para fotos com os manifestantes, que até ensaiaram alguns aplausos para o ídolo do Vasco.
Fonte: Superesportes