O presidente Roberto Dinamite anunciou em evento de comemoração do aniversário de 115 anos do Vasco, realizado na sede náutica, que o clube finalmente conseguiu um acordo de renegociação das dívidas com a Fazenda Nacional. O anúncio ainda é extraoficial, mas a diretoria deve receber nesta quinta-feira a cópia do documento com a aprovação do pagamento de dívida tributária superior a R$ 90 milhões em prazo de cinco anos.
O diretor jurídico do Vasco, Gustavo Pinheiro, ainda prefere esperar o documento chegar, mas admitiu que houve uma informação extraoficial de que o desfecho das longas tratativas foi positivo. O clube foi informado que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro-chefe da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, assinaram nesta noite o documento com a aprovação da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. O Vasco espera receber nesta quinta-feira a cópia da assinatura para então ir atrás das certidões.
- Ainda não é oficial. Sou advogado e só acredito quando o documento estiver na minha frente e assinado - brincou Pinheiro, que mostrou alívio com a novela próxima do fim.
O acordo permite que o Vasco obtenha a última certidão negativa de débito - já possui as de nível estadual e municipal, faltando a federal - para assinar com a Caixa Econômica Federal. O clube, assim, recebe a verba do banco público, outra parcela da Nissan, além do desbloqueio de outras rendas de patrocinadores.
Nas propostas apresentadas à Fazenda, o Vasco propõe pagar em cinco anos cerca de R$ 70 milhões. De entrada, já deposita mais de R$ 20 milhões, pagando no restante de 2013 mais de R$ 500 mil; em 2014, quase R$ 1 milhão; em 2015, R$ 1,2 milhão; e mais R$ 1,4 milhão nos últimos dois anos (2016 e 2017) do acordo. Como garantias, o Vasco ofereceu a sede náutica da Lagoa e mais outro imóvel, além de cotas de transmissão de TV.
Num primeiro momento, a procuradoria da Fazenda rejeitou as garantias e questionou o total da dívida que o Vasco tentava aprovar no novo acordo. O grupo de oposição Casaca obteve duas petições do Vasco enviadas para a Fazenda e um despacho da Procuradora da Fazenda Nacional, Ana Paula Barbejat - o processo corre em segredo de Justiça. A cautela do diretor jurídico Gustavo Pinheiro se explica pelos detalhes do acordo. O Vasco precisa analisar todos os termos, bases e condições de pagamento e se o acordo proposto foi mantido na resposta da Procuradoria.
Com o acordo e, depois, com a CND em mãos, o Vasco deve o quanto antes quitar os dois meses de salários atrasados, além de outras dívidas com funcionários e o elenco vascaíno.
Fonte: GloboEsporte.com