Está nas mãos da Receita Federal mais do que as Certidões Negativas de Débito que o Vasco requisita desde o começo do ano. O documento que permitirá ao clube assinar o patrocínio com a Caixa e colocar R$ 15 milhões em seus cofres poderá mudar drasticamente o futuro político do clube, que terá eleição no meio do ano que vem. Quem está no olho do furacão é o presidente Roberto Dinamite.
- Estamos muito ansiosos para que isso seja resolvido. Queremos fazer algo que será definitivo para o clube. Não será uma solução temporária. Queremos ajeitar de vez essa questão das dívidas - afirmou o dirigente.
Caso obtida, a documentação deverá ser o grande legado fora de campo da gestão Dinamite e poderá até mesmo recolocá-lo dentro da corrida presidencial de 2014. Atualmente, o presidente evita tocar no assunto reeleição. Muito desgastado internamente, tem administrado o clube praticamente sozinho desde meados do ano passado, quando uma grande debandada de antigos aliados expôs o racha político em São Januário.
Sem respaldo do próprio Conselho Deliberativo que o elegeu - há dois meses em reunião com o vice-presidente Antônio Peralta, o grupo já se posicionou contrário a um terceiro mandato -, Dinamite tem se apoiado basicamente nos executivos que contratou, casos do diretor jurídico Gustavo Pinheiro e do diretor geral Cristiano Koehler. Os dois têm tocado o assunto CNDs diretamente.
- Essas coisas não se resolvem assim, rapidamente. São muitos detalhes, mas estamos otimistas. Não podemos precisar quando, mas deveremos ter uma solução nos próximos dias - afirmou Roberto Dinamite.
Na Colina, há o consenso de que o isolamento do presidente pode acabar com os rumos que o clube poderá tomar com a obtenção das certidões e com o desempenho do time de futebol neste segundo semestre. Nessa situação, caso não tente se reeleger, Dinamite deverá manifestar apoio a Antônio Peralta como candidato da situação.
Até agora, o advogado Roberto Monteiro e o ex-presidente Eurico Miranda são os únicos que despontam como candidatos à presidência na eleição de 2014.
Fonte: Extra Online