O início do Brasileirão fez o torcedor do Vasco sentir calafrios. A perspectiva era das piores, com goleadas sofridas para São Paulo e Internacional e derrota para o Flamengo. Pois a diretoria se movimentou desde então, e algumas mudanças ajudaram a tirar o time da parte debaixo do Brasileiro. Agora, o Vasco é nono colocado com 29 pontos, três abaixo do G-4. E alguns reforços nem sequer estrearam.
“As perspectivas para o Vasco estão cada vez mais positivas, pelas mudanças que estão acontecendo. Cabe a nós trabalhar para que as coisas realmente nos ajudem”, declarou Dorival Júnior, ele próprio uma cara relativamente nova. Contratado em julho para substituir Paulo Autuori, o treinador estreou na derrota para o Fla. Depois, somou três vitórias, três empates e uma derrota, mesmo aproveitamento do terceiro colocado Coritiba.
Em campo, o símbolo da retomada vascaína é o meia Juninho. Ele reestreou com gol na vitória sobre o Fluminense, marcou outro gol no jogo seguinte, contra o Criciúma, e mostrou que ainda tem lenha para queimar aos 38 anos.
Ausente contra o Santos, na última quarta-feira, Juninho permitiu ao Vasco mostrar a força do elenco. “Mostramos que conseguimos jogar mesmo sem uma referência. Claro que ele é importante demais e todos os times dependem um pouco de um jogador. O Santos dependia do Neymar, o Grêmio do Zé Roberto, o Botafogo do Seedorf… Mas todos procuram seu caminho quando esses atletas não jogam”, disse o técnico.
O meio-campo, aliás, é o setor mais reforçado durante esse período de retomada. O colombiano Montoya ganhou a primeira chance graças às ausências de Juninho e Pedro Ken no empate por 1 a 1 com o Santos.
E o colombiano, que foi bem na Vila Belmiro, diz que ainda não mostrou a que veio. “Eu me senti um pouco mais pesado no começo porque venho fazendo muita academia. Mesmo assim, consegui manter a velocidade e espero me adaptar melhor ao time nas próximas partidas”.
Outro gringo recém-chegado é o argentino Guiñazu, que se recupera de contusão e deve voltar só na reta final do campeonato, possivelmente no início de novembro. Satisfeito com as opções no meio-campo, Dorival se deu ao luxo de devolver Alisson ao Cruzeiro.
A defesa também mudou ao longo do campeonato. Rafael Vaz chegou em junho e hoje forma a dupla de zaga com o jovem Jomar, titular nos 3 a 1 sobre o Fluminense e dono da posição desde então. Renato Silva, antes titular, virou opção no banco de reservas, e o experiente Cris promete aumentar a concorrência por ali. Sem falar em Fagner, novo dono da lateral direita.
André, emprestado pelo Santos, é a principal novidade no ataque, que também ganhou o reforço de Edmilson. E outras caras novas ainda aguardam a chance de estrear. São os casos de Willie, que chegou do Vitória, e Reginaldo, que defendia o Siena, da Itália. Se no início do Brasileirão a perspectiva era assustadora, hoje o torcedor do Vasco se vê no direito de sonhar alto.
Fonte: O Dia online