O título da Taça Guanabara foi importante para dar moral e confiança aos jogadores do time infantil. A conquista serviu também para mostrar aos jovens que a individualidade pode vencer uma ou outra partida, mas só a união pode levar determinada equipe ao topo. Em entrevista concedida ao programa "Só dá Base", do grupo Só dá Vasco, Luiz Felipe, treinador da categoria, revelou que o momento mais complicado da campanha foi fazer os atletas acreditarem na metodologia de trabalho da comissão técnica e se unirem.
Confira a entrevista exclusiva com Luiz Felipe:
Qual foi o momento mais complicado dessa caminhada rumo ao título?
"A equipe veio num processo de evolução do trabalho. O momento mais complicado foi fazer que os atletas comprassem a nossa ideia de trabalho. A partir do momento que o grupo comprou essa ideia, acreditou na sua força e no trabalho da comissão técnica, a gente começou a evoluir. A partir daí começamos a ter êxito nos jogos e a evoluir jogo a joga. Fazer os atletas comprarem essa ideia foi difícil, mas a partir do momento que eles compraram e acreditaram, eles buscaram evoluir no dia a dia e passaram a se dedicar ainda mais. Cada jogo teve uma história diferente e vivemos cada um deles de uma forma diferente, de maneira intensa. Graças a Deus conseguimos alcançar uma sequência boa de resultados e chegar até a final. O grupo chegou muito preparado na final e conseguiu vencer. Os atletas e todos os membros da comissão técnica estão de parabéns".
Qual foi a emoção de conquistar um título contra o Flamengo dentro da Gávea? O que você passou para os atletas na preleção?
"O clássico é um jogo completamente diferente dos outros jogos. A responsabilidade só aumenta quando o clássico é disputado numa final de campeonato e fora de casa. Enfrentamos o Flamengo, que é um dos maiores rivais do Vasco. Ao lado da comissão técnica, fiz alguns estudos e busquei fazer com que esses atletas entrassem em campo confiantes, mas sempre com os pés no chão. Disse que o Flamengo era um adversário difícil e muito duro de ser batido. Foi um jogo muito difícil, mas conseguimos aproveitar da melhor maneira as chances que tivemos. Tivemos a felicidade de fazer os gols no momento que a gente precisava. O primeiro veio logo após eles abrirem o placar. No início do segundo tempo, o Evander teve uma felicidade rara e acertou um belo chute de fora da área, fazendo um belo gol. Conseguimos nos segurar, se fechar e superar os momentos de dificuldade do jogo. Vencemos a Taça Guanabara e alcançamos o nosso primeiro objetivo. Deus no abençoou com essa conquista e só tenho a agradecer. Os atletas vem se empenhando muito durante os treinamentos. Eles têm comprado a ideia da comissão técnica. Dou os méritos aqui também para toda a comissão técnica e para a direção, que tem nos apoiado muito. Agora é preciso ter pés no chão e não perder o foco. Temos que dar segmento ao nosso trabalho".
Qual procedimento vocês têm adotado para impedir um relaxamento da equipe no segundo turno?
"Nossa comissão tem procurado trabalhar bastante a cabeça desses garotos. Esse é um grupo muito tranquilo e muito concentrado. Eles compraram e abraçaram a ideia da comissão técnica. Nós falamos diariamente para eles que é preciso viver um dia de cada vez. Não adianta a gente pensar na final da Taça Rio, temos que pensar sempre no próximo adversário. Temos que virar uma página de cada vez, pensar sempre jogo a jogo. Só assim a gente pode alcançar a final da Taça Rio. O importante agora é não perder o foco. Eu tenho certeza que isso não vai acontecer, pois os garotos estão bem concentrados e demonstrando muita humildade. Vamos continuar trabalhando forte para tentar chegar em mais uma decisão".
O Mauro Galvão costuma elogiar bastante o meio-campo do infantil e o classifica sempre como 'time muito técnico' quando é perguntado. O que você poderia falar sobre sua equipe?
"Esse grupo é muito equilibrado. Os setores de defesa, meio e ataque são equilibrados. É evidente que a gente possui uma força muito grande no nosso meio-campo devido a presença de jogadores de muita qualidade técnica, como o Matheus Pet, o Evander, o Luan e o Andrey. É um grupo muito forte no meio-campo, mas também equilibrado nos outros setores. Apesar disso, temos que melhorar e corrigir algumas coisas. Trabalhamos sempre com o objetivo de passar para esses atletas que é necessário evoluir diariamente. Até porque o nosso objetivo é ver alguns desses jogadores vestindo a camisa profissional do Vasco. O trabalho é montado para formação e não para títulos, embora o Vasco entre em forte em todas as competições que disputa. Sabemos que é necessário sempre colocar o nome do Vasco no topo, mas o mais importante é fazer esses jogadores evoluírem em todos os sentidos, seja como atleta ou como cidadão. Queremos formar não só grandes atletas, mas também grandes pessoas".
Com informações do Programa Só dá Base/Só Dá Vasco.
Fonte: Blog Meninos da Colina - Supervasco