Na bagagem, uma carta na manga de peso. É mais ou menos com essa ideia que o técnico Dorival Júnior convenceu Juninho, que já estava inclinado a ir por si próprio para Curitiba, a fazer sua primeira partida fora do Rio de Janeiro neste seu retorno ao Vasco. Se de um lado o Coritiba deve ter o retorno de Alex, o treinador sabe que contar com seu camisa 8 significa uma diferença, principalmente, na bola parada. Mesmo assim, disse que ainda não sabe se ele vai jogar no Couto Pereira, no domingo às 16h. Aliás, Dorival ainda não confirmou o time, apenas adiantou que Henrique substitui Yotún, com a seleção peruana, e Tenorio entra na vaga de André, suspenso.
O técnico, os preparadores físicos, médicos e fisiologistas preparam trabalho com cuidados especiais para aproveitar o Reizinho ao máximo. Neste sábado, o técnico Dorival Júnior admitiu que o meia pode até viajar, mas nem entrar em campo. A hipótese parece improvável, mas, segundo o chefe, pode acontecer diante das circunstâncias da partida e de uma última avaliação de como estará o jogador no dia da partida.
- O problema todo é que esse mês são nove partidas, três a cada dia, então temos que ter muito cuidado com a utilização de Juninho. Ele não vinha nessa sequência de jogos nos EUA. Além do mais muda até a forma de treinamento aqui, tem um peso um pouco maior as atividades. Temos que saber administrar a condição física dele. Então estamos fazendo tudo assim, com muita conversa, para não haver problema maior - disse o treinador, antes de afirmar que Juninho pode nem jogar. - Existe sim a chance dele viajar e não jogar.
O fisiologista do clube, Daniel Gonçalves, que comanda a análise dos testes de esforço dos jogadores sempre antes e após as rodadas, explicou o acompanhamento feito com o craque, de 38 anos, e ressaltou que a questão não é poupar, e sim informar à comissão técnica que o organismo do atleta não está em condições de suportar.
- Todos jogadores no dia a dia são avaliados. Se vemos que o Juninho está bem nos testes realizados 24 horas depois dos jogos, ele é liberado. Do contrário, recomendamos que não seja exposto. Com ele, existe apenas um controle maior das cargas de treinamento, uma conversa mais frequente por se tratar de um atleta de 38 anos. E o agravante é que estamos em uma época complicada, realmente - disse o fisiologista vascaíno, referindo-se ao mês de agosto.
Chamada em Dakson
Apesar de não confirmar a escalação, o treinador deve promover a entrada de Fagner na lateral direita, manter Jomar na zaga e compor o meio de campo com Abuda, Fillipe Soutto, Wendel e Pedro Ken. Nei e Renato Silva ficariam no banco. O Reizinho deve, então, ficar como opção para a segunda etapa. O treinador ainda comentou o retorno de Dakson para a lista de relacionados, após um longo tempo afastado. Segundo o técnico, o jogador mostrou outra postura nos últimos treinamentos e vem reconquistando espaço.
- O Dakson melhorou nos treinamentos agora. Não queria era vê-lo com aquela postura de jogar à espera da bola. Quero ele assim, brigando pela posse de bola. Agora é uma nova oportunidade que está tendo. Dentro dos treinos dá para sentir a mudança - disse o treinador.
Fonte: GloboEsporte.com