Dakson chegou a ser procurado no início do ano para uma renovação de contrato. Depois de anos no futebol do leste europeu, o meia chegou ao Vasco no meio do ano passado, embora só tenha recebido chances no fim da última temporada. No Carioca de 2013, fez algumas boas partidas, assumiu a condição de titular e o então diretor de futebol René Simões iniciou os primeiros encontros para propor um novo contrato de dois anos do jogador com o Vasco. Mas as coisas mudaram em São Januário. Com grupo inchado e em trabalho de avaliação de elenco, a comissão técnica estuda a negociação de alguns jogadores. Entre eles o meio de campo Dakson. Depois de quase um mês sem ser relacionado para a partida, o jogador entrou na lista inicial de atletas que vão para a capital paranaense enfrentar o Coritiba, no domingo.
Com seis jogos no Brasileiro, Dakson fez sua última participação contra o Flamengo, na estreia de Dorival Júnior, quando entrou no segundo tempo. Daí em diante ele não apareceu mais nem na reserva em treinos coletivos. O treinador diz que não existe jogador totalmente fora dos planos no atual grupo do Vasco. No entanto, deixa clara a necessidade de diminuição do elenco, até para desenvolvimento do trabalho em São Januário.
- Se o jogador não está tendo oportunidade, não fica no banco e não treina o coletivo, não significa que está descartado, mas é porque tem outro na sua frente - disse o treinador do Vasco, após entrevista coletiva na última quarta-feira.
Hoje, o clube tem oito atacantes em plantel com quase 50 jogadores, entre encostados e aqueles que trabalham no dia a dia com Dorival - número que chega próximo a 40. Nos últimos dias, após solicitação do Cruzeiro, o Vasco liberou Alisson, com quem o clube tinha contrato de empréstimo até o fim do ano.
- O Alisson não era do clube. Eu já disse que não vou trabalhar com 40 jogadores. E nem quero também prejudicar jogador algum, caso pinte alguma coisa. Não vamos depreciar ou desmerecer nenhum atleta, nem nada disso, mas não posso trabalhar com um grupo desse tamanho - comentou o técnico vascaíno.
O diretor executivo do Vasco, Ricardo Gomes, lembra que não existe uma lista de dispensa a qual o clube segue à risca procurando negociar os atletas indesejáveis. O dirigente explica que o Vasco pode renovar o contrato de Dakson, mesmo sem estar sendo utilizado por Dorival, mas que também não vai se negar a sentar com um possível interessado no futebol do meia.
O empresário de Dakson é Pedrinho Vicençote, que é dono do centro de treinamento em Itaguaí, alugado ao Vasco até o fim do ano. Em entrevista para a Rádio Brasil nessa sexta-feira, Vicençote, que tem bom relacionamento com o presidente Roberto Dinamite, disse que ficou surpreso com a saída de Dakson do banco dos jogos do time. Ele negou que tenha sido comunicado sobre uma eventual saída do jogador do Vasco.
- Até esse momento não fui comunicado de nada. Fiquei os últimos dias fora do Brasil. Mas me causou certa surpresa (Dakson não ser relacionado mais). Ele vinha galgando uma posição de titular e, de repente, nem relacionado foi mais. Devemos ter uma conversa com a diretoria na semana que vem para ter noção exata sobre o que está acontecendo. O resto é o que todos acompanham, que ele não está sendo aproveitado - disse o empresário de Dakson, que conversa constantemente com o jogador.
Há alguns dias, através de seu Twitter, Dakson respondeu aos vascaínos que lhe questionavam porque não jogava mais.
- Estou treinando com muita vontade e força todos os dias buscando uma nova oportunidade de jogar e mostrar que posso ajudar o time do Vasco. Desde que cheguei ao Vasco eu sempre trabalhei muito no campo para conseguir o meu espaço e continuarei fazendo isso todos os dias! - disse o jogador do Vasco.
Fonte: GloboEsporte.com