Um jogo morno no primeiro tempo se transformou em um duelo bem mais emocionante e cheio de alternativas na etapa final. O Vasco teve mais a bola, controlou as ações e abriu o placar com André, mas a Ponte Preta soube explorar os erros do adversário, empatou perto do fim com William e salvou o que parecia uma derrota certa. Ao apito do árbitro, o 1 a 1 deixou frustrados os 6.865 torcedores (com renda de R$ 160.220,00) que estiveram em São Januário. Para a Macaca, sensação de alívio.
O Cruz-Maltino chegou aos 15 pontos, na 11ª posição, enquanto a Ponte Preta soma 12, em 15º lugar, flertando com a zona de rebaixamento. As duas equipes chegaram à terceira partida seguida sem vencer. Juninho poderia ter tornado as coisas mais fáceis, mas perdeu pênalti ainda no primeiro tempo.
- Bati mal. Já perdi alguns (pênaltis). É sempre muito ruim de perder penalti porque é uma oportuinidade muito clara e poderíamos ter saído na frente - disse o Reizinho.
Na próxima rodada, o Vasco visita o Coritiba, no Couto Pereira, no domingo, às 16h (de Brasília), enquanto a Ponte Preta recebe o Criciúma, às 18h30m (de Brasília), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas.
Antes da partida, um momento de celebração da equipe cruz-maltina. Os jogadores do Vasco entraram em campo com o uniforme preto, em homenagem aos 90 anos do primeiro título carioca do clube. Cada um levava às costas o nome de um integrante da equipe campeã em 1923.
O JOGO
O primeiro tempo foi marcado pela baixa qualidade técnica. Provavelmente o melhor exemplo seja a cobrança de pênalti de Juninho, sempre conhecido por sua categoria para bater na bola. Depois de falta de Cesar em Eder Luis, o Reizinho pegou mal, bateu fraco, rasteiro, e o goleiro Roberto (ex-Vasco) espalmou sem problemas. Mas isso foi aos 37 minutos. Antes, a dificuldade do time da casa já havia ficado clara. Não que não dominasse. A Ponte Preta entrou com a proposta de se defender e explorar os contra-ataques, mas parecia pouco disposta a cruzar a linha do meio campo.
Os leves lampejos de criatividade ficavam por conta justamente de Juninho. Quando a bola passava pelos seus pés, podia se esperar um passe um pouco diferente, uma luz. Fora isso, era muita transpiração e pouca inspiração. O Vasco cercou, pressionou, encurralou o adversário, mas criou só uma chance mais clara, em chute de André. Até teve a chance de pular na frente, mas Juninho não aproveitou. E aí a Ponte se animou. Adiantou suas peças, passou a ficar mais com a bola e chegou três vezes com perigo. Na principal delas, William mostrou oportunismo, se antecipou, mas falou sorte. A bola explodiu no travessão. A torcida perdeu a paciência e passou a vaiar o lateral Nei, pedindo a entrada de Fagner.
O treinador atendeu os pedidos e lançou Fagner após o intervalo. Lançou também Robinho para formar o trio ofensivo ao lado de Eder Luis e André. No primeiro lance, o lateral fez boa jogada pela linha de fundo, mas Eder Luis perdeu. O jogo melhorou, William perdeu grande chance para a Macaca e, na jogada seguinte, o Vasco conseguiu seu gol. Em cobrança de falta da esquerda, a expectativa era pelo lançamento de Juninho, mas o lateral Yotún se antecipou e colocou na cabeça de André: 1 a 0. O quinto gol do atacante no Brasileiro.
Em desvantagem, Carpegiani colocou Uendel e Everton Santos em campo, e o jogo ficou mais aberto. Rildo perdeu oportunidade clara na frente de Diogo Silva, e no lance seguinte Eder Luis bateu forte e cruzado, e André chegou um segundo atrasado, na pequena área. A torcida, empolgada com a atuação do camisa 7, gritava "O Eder Luis voltou", em alusão ao seu melhor momento com a camisa do Vasco, quando dividiu o lado direito com Fagner, em 2011. A Ponte Preta adiantou suas peças, passou a rondar a área vascaína e chegou ao empate com William, o seu oitavo no Brasileiro, assumindo a artilharia da competição ao lado do atacante do Vitória, Maxi Biancucchi. Sensação de um ponto ganho para a Macaca e dois pontos perdidos para o Vasco em São Januário.
GALERIA
FICHA TÉCNICA
VASCO 1 X 1 PONTE PRETA
Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)
Data/Hora: 8/8/2013 - 21h
Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (PR) e Márcia Bezerra Lopes Caetano (RO)
Cartões amarelos: Pedro Ken e André (VAS), Baraka, César e Ramírez (PON)
Cartão vermelho: Não houve
Renda e público: R$ 160.220,00 - 6.865 pagantes e 9.347 presentes.
GOLS: André, 12'/2ºT (1-0) e William, 39'/2ºT (1-1)
VASCO: Diogo Silva, Nei (Fagner, intervalo), Jomar, Rafael Vaz e Yotún (Henrique, 25'/2ºT); Abuda, Filipe Soutto (Robinho, intervalo), Juninho e Pedro Ken; Eder Luis e André. Técnico: Dorival Júnior
PONTE PRETA: Roberto, Régis, César, Gustavo (Uendel, 16'/2ºT) e Diego Sacoman; Baraka, Fernando Bob (Magal, 33/1ºT) e Ramírez; Rildo, William e Chiquinho (Everton Santos, 16'/2ºT). Técnico: Paulo César Carpegiani
TROFÉU NETVASCO 2013
Col. | Jogador | Média | Col. no ano | Média no ano |
---|---|---|---|---|
1º | André | 7.6104 | * | 6.2821 |
2º | Eder Luis | 6.9756 | 15º | 4.7993 |
3º | Fagner | 6.4140 | * | 5.5857 |
4º | Yotún | 6.2679 | 9º | 5.2871 |
5º | Juninho | 6.1339 | * | 8.4181 |
6º | Jomar | 5.9817 | * | 6.2374 |
7º | Abuda | 5.9163 | 8º | 5.4581 |
8º | Rafael Vaz | 5.5114 | * | 6.2852 |
9º | Diogo Silva | 5.3912 | * | 5.7407 |
10º | Fillipe Soutto | 5.1446 | 5º | 5.7119 |
11º | Henrique | 4.6382 | * | 5.4776 |
12º | Pedro Ken | 4.5936 | 11º | 5.1983 |
13º | Robinho | 4.0913 | * | 4.1420 |
14º | Nei | 2.6180 | 17º | 4.2095 |