Colocar dinheiro em caixa e deixar para trás a crise financeira segue como o principal objetivo da diretoria do Vasco. A estratégia passa diretamente por uma polêmica conhecida no futebol. Trata-se da "poluição" do uniforme para capitalizar o maior número possível de patrocinadores e ampliar receitas. A administração Roberto Dinamite abriu cinco novas propriedades e planeja arrecadar até R$ 20 milhões.
Os novos espaços estão fora das cotas preenchidas pela Caixa Econômica Federal - patrocínio master por R$ 15 milhões - e pela montadora de automóveis Nissan - costas da camisa no valor de R$ 7 milhões. São eles: omoplata, axila, barra da camisa, costas abaixo do número e calção. Cada um pode render até R$ 4 milhões ao clube de São Januário.
Comandada pelo diretor geral Cristiano Koehler, a cúpula já abriu negociações com empresas interessadas. A LG chegou a firmar acordo por R$ 3 milhões para a barra da camisa. Porém, a propriedade ainda pode ser alterada e a empresa de eletroeletrônicos aumentar o valor disponível ao clube.
Dois patrocinadores - Fresh e BMG - saíram recentemente do uniforme e abriram espaços para parceiros futuros. Apenas a TIM, operadora de telefonia celular, segue na parte interna do número da camisa. O Vasco vê com bons olhos a estratégia de "poluir" o uniforme em busca de receitas.
Com apoio de dirigentes e executivos, o clube ignora a brincadeira popular de transformar a camisa em um “macacão de Fórmula 1” e deixa clara a necessidade de reestruturar sua economia.
“Vamos sempre buscar um meio termo, mas corremos atrás da viabilidade financeira. Os patrocinadores são as principais receitas do clube. Prefiro vender a propriedade a deixá-la ociosa. É uma estratégia de mercado para valorizar o Vasco. Tem quem prefira dois patrocínios. Trabalhamos para ter os dois, que já conseguimos, e preencher os espaços secundários. A nossa ideia é resolver essas questões até o final do ano e oxigenar ainda mais o caixa”, explicou o diretor geral cruzmaltino, Cristiano Koehler.
Fonte: UOL